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Unida propõe mudanças no pagamento aos fornecedores

Melhorias no sistema de pagamento das usinas e destilarias aos fornecedores de cana. Esta foi a pauta de uma reunião realizada ontem, em Brasília (DF), entre técnicos da União Nordestina dos Plantadores de Cana (Unida), Ministério da Agricultura e indústrias. A proposta, apresentada pelos técnicos da Unida, pretende introduzir, ainda nesta safra, novos mecanismos para o pagamento da cana-de-açúcar produzida pelos fornecedores e entregue as usinas.

“Já estamos trabalhando para criar uma espécie de Consecana no Nordeste. Hoje, cada estado tem sua própria regra. Queremos criar um mecanismo único de pagamento que seja bom para o fornecedor e para a indústria”, diz o presidente da Unida, Edgar Paes.

Segundo ele, as usinas e destilarias do Nordeste introduziram a metodologia de pagamento com base no teor de sacarose da cana entregue à indústria. A adoção da ATR como medida padrão aconteceu durante a safra 1999/2000, seguindo o modelo do Consecana utilizado nos estados do Centro-Sul. “A distorção começou na safra seguinte, quando as regras mudaram para aquela região. O cálculo do coeficiente foi alterado e as indústrias sucroalcooleiras do Nordeste não acompanharam estas alterações”, explica.

De acordo com o técnico da Unida, Noel Loureiro, a proposta apresentada ontem não irá mexer no valor médio da ATR, que nos meses de setembro e outubro – no estado de Alagoas – foi de R$ 0,227. A principal mudança reivindicada pelos fornecedores está em uma questão técnica. Quando a cana apresenta muitas fibras, o seu valor comercial é reduzido. O detalhe termina por afetar toda a cadeia. Mas fibras, menos teor de sacarose, menos açúcar.

“A mudança que estamos propondo é justamente nesta componente. A proposta influi no preço final da matéria-prima, que hoje é subestimada”, diz Loureiro. Para Edgar Paes, o pagamento aos fornecedores deverá ser feito ao término da safra, observando o valor médio ao longo do período. “Se este preço médio for alto, vai ser bom para os fornecedores. Se ele for baixo, estamos dispostos a correr o risco”, acrescenta Edgar Paes.

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