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Unida: fornecedor de cana pode desaparecer do Nordeste

Os fornecedores de cana podem sumir do mapa econômico do Nordeste. Esta pelo menos é a denúncia que está sendo feita pelo presidente da União Nordestina dos Plantadores de Cana (Unida) Edgar Antunes. “Estão querendo vaporizar a classe dos fornecedores de cana no Nordeste”, desabafou.

Antunes reclama “da fórmula da ATR (Açúcar Total Recuperável), que define o preço final da cana pago aos produtores. “Esse mês a ATR foi de R$ 0,2276 por quilo. Esse valor não remunera a atividade. E, a nosso ver, isso é uma maneira de eliminar a parte mais fraca da cadeia produtiva da cana-de-açúcar, que é o fornecedor. Não vamos aceitar isso calados”, adverte.

Com base na ATR desse mês, uma tonelada de cana em Alagoas está valendo, na safra 03/04, em média, R$ 26. Na safra anterior, o preço da cana oscilou entre R$ 35 e R$ 40. “Hoje nossos custos estão acima de R$ 35. Se continuaremos recebendo um valor muito baixo seremos exterminados”, desabafa.

Edgar Antunes anuncia formação de uma comissão com representantes de todas as associações de fornecedores de cana do Nordeste para negociar com as indústrias uma nova política de preços para a matéria-prima.

“Na próxima terça-feira, temos uma reunião da Câmara Setorial da Cana-de-Açúcar, no Ministério da Agricultura, em Brasília, para discutir com o governo e as indústrias a questão da ATR. Vamos buscar uma fórmula que garanta a remuneração do produtor. Não podemos continuar nessa situação”, reclama.

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