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Unica quer diminuição de impostos

Após bater na tecla da necessidade de reajuste da gasolina para aumentar a competitividade do etanol, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) vai mudar de estratégia. A associação pretende pedir uma redução de impostos para o setor, medida semelhante à diminuição da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) aplicada pelo governo à gasolina.

O presidente-executivo da Unica, Marcos Jank, diz que o reajuste da gasolina ainda é um desejo do setor, mas que um corte na Cide do etanol pode aumentar a competitividade a curto prazo. “Nós entendemos que o governo quer controlar a inflação com a manutenção do preço. Mas isso está prejudicando demais o setor”, afirma.

A Unica defende uma política mais direta e transparente do governo em relação ao setor. “Hoje é imprevisível como o mercado vai se comportar e isso desestimula investimentos. Precisamos de políticas estruturantes, em especial tributárias, que reconheçam o etanol frente aos combustíveis fósseis”, diz.

Apesar de ter criado linhas para estocagem de etanol e renovação de canaviais nos últimos anos, Jank avalia que o esforço do governo ainda não se traduziu em mudanças efetivas no campo. Segundo ele, o setor precisa de mais ajuda do que financiamentos. “O setor precisa de mais rentabilidade para atrair investimentos privados. Além disso, quem pegaria um empréstimo sem ter certeza da rentabilidade para pagá-lo?”, questiona Jank.

O setor tem a intenção de construir um “etanolduto” que vai percorrer quatro Estados (Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro) para escoar o produto. Devem ser gastos US$ 6 bilhões em investimentos. A obra de 1,3 mil quilômetros deve ser concluída nos próximos 10 anos.

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