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UNICA defende incentivos financeiros concretos na indústria da cana

Elevar a produção de cana-de-açúcar para além de 1,2 bilhão de toneladas anuais até 2020, o suficiente para atender a demanda esperada até lá no Brasil, só será possível com um investimento de cerca de R$130 bilhões em novas usinas. Assim se posicionou o presidente interino e diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, em apresentação durante o 3º Encontro Internacional de Energia promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na terça-feira (07-08).

“Este investimento inicial deve ser o bastante para que 100 novos complexos industriais comecem a funcionar, aumentando a produção e garantindo que o biocombustível de cana retome a participação de 50% nas vendas de combustíveis no Brasil,” explica. “Só assim, com incentivos claros e políticas públicas adequadas, a cadeia produtiva da cana voltará a crescer,” destacou.

Para Rodrigues, que participou do painel “Setor sucroalcooleiro e a Regulação do Etanol,” a partir da construção dessas novas usinas, será possível elaborar uma projeção mais otimista. “De concreto, apenas quatro novas usinas deverão ser construídas até 2015. No momento não existem projetos previstos para início de operação após essa data,” afirma o representante da UNICA. O painel foi moderado pelo diretor da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Geraldo Coutinho.

ANP

O presidente da UNICA destacou ainda o papel positivo da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) junto à regulação da produção e o mercado de etanol. Segundo ele, desde o final de setembro de 2011, com a implementação da Lei nº 12.490 que ampliou as atribuições da ANP voltadas ao etanol, o setor sucroenergético vem sendo inspecionado com mais intensidade. De lá para cá, cerca de 10% da cadeia produtiva já foi fiscalizada, percentual que vai crescer gradativamente até o final do ano.

“A fiscalização garante a qualidade do biocombustível e a competição saudável entre os produtores. Além disso, certifica que as características do produto sejam mantidas nos postos de combustíveis, já que eles também são fiscalizados,” declarou Rodrigues.

O 13º Encontro Internacional de Energia, que teve como tema “Energia no Brasil: tão limpa, tão cara,” reuniu no dias 06 e 07/08 autoridades do governo, empresários, investidores e fornecedores de energia em discussões sobre o planejamento energético no contexto da economia sustentável. Temas ligados a oferta e demanda, segurança do abastecimento, novas tecnologias, regulação do etanol e oportunidades ligadas às energias solar e eólica também foram abordados. Co-realizado pela Fiesp e o Sistema Firjan, o evento foi patrocinado pelas empresas Tractebel Energia, CPFL Brasil, Ecom Energia, Bolt Energias, Comerc Energia, Light Energia e MPX.

Unica

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