Uma das principais reivindicações brasileiras na pauta de comércio exterior com os estados unidos, a taxa de importação do etanol, de US$ 0,54 por galão, pode acabar ainda este ano.
Essa é a aposta de Marcos Jank, presidente da Unica. “É uma chance concreta e parte do Congresso americano já admite isto”, afirmou.
O executivo espera que essa possibilidade ganhe força à medida que o prazo para os subsídios agrícolas vai ate dezembro. “Atualmente, existem quatro projetos de lei para o fim dos subsídios”, disse Jank, ao citar o questionamento de parte dos parlamentares americanos em relação ao custo dos subsídios, mais de US$ 6 bilhões.
Para a visita de Barack Obama, Jank acredita que a grande contribuição do governo brasileiro será reforçar os benefícios da expansão do uso do etanol. “Num momento de tensão política no Oriente médio, temos uma alternativa que reduz a dependência do petróleo, é menos poluente e ainda reduz o preço da gasolina”.
Segundo o executivo, os EUA tem hoje uma demanda potencial de 140 bilhões de litros de etanol, dos quais o Brasil pode ter participação significativa.
O fim da tarifa e dos subsídios, no entanto, não depende do presidente americano, apenas do Congresso. Por isso a cautela.