União Européia deixa de responder questões sobre o açúcar

A Unica divulgou hoje o comunicado “Respostas evasivas para uma política invasiva”, sobre como a União Européia deixou de responder questões relativas a seus subsídios sobre exportação, feitas pelo Brasil e Austrália, na reunião realizada em 21 e 22 de novembro passado, na sede da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Na avaliação do presidente da Unica, Eduardo Pereira de Carvalho, a tentativa européia de tentar politizar o encontro, ao desviar o foco dos subsídios para a sua “ajuda” aos países da África, Caribe e Pacífico (ACP), – que recebem preços altos pelo açúcar embarcado à Europa e depois reexportado – , não foi convincente, uma vez que os representantes brasileiros deixaram claro que o sistema de preferências a esses países não estava em questão. “Os países da ACP estão atirando contra o próprio pé e se aliando aos algozes das economias em desenvolvimento.”

A argumentação brasileira afirma que o regime europeu para o açúcar, que inclui preços mínimos garantidos para 13 milhões de toneladas consumidas internamente a cada ano e subsídios diretos às exportações de outros quase 3 milhões de toneladas, deprecia os preços internacionais do produto. (Unica)