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Um colchão de álcool

Em junho de 2009, um litro de álcool custava R$ 1,579 em média no Estado. Agora, sai por R$ 2,128 34,76% mais caro. Mas há boas notícias para quem quer usar combustível menos poluente e renovável, sem pagar mais. Não é provável uma alta tão severa nos próximos verões, quando a entressafra da cana-de-açúcar eleva os preços do álcool. Por dois motivos:

1. A escalada de preços foi provocada por dois eventos raros: a crise internacional foi seguida por um volume anormal de chuvas que reduziu a matéria-prima das usinas.

2. O governo federal tomou medidas que ajudam a tornar o etanol uma commodity (mercadoria padronizada, com cotação internacional). Permite que empresas comprem álcool a preço baixo e façam estoque para vender depois, com lucro. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) autorizou operações com álcool no mercado futuro.

– Não vai mais haver preço de pe! chincha – avisa Alísio Vaz, vice-presidente institucional do Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis.

Vaz explica que, ao permitir investimento em álcool, o governo ajuda a tornar os preços mais previsíveis. A economista Amaryllis Romano, da consultoria Tendências, diz que ainda é preciso ação mais direta na formação de estoques reguladores.

– Temos política de estoques em várias commodities agrícolas, e para o etanol isso seria importante – diz.

O consumidor precisa se acostumar com o fato de que o álcool vem da lavoura e tem preços flutuantes.

– O etanol é uma opção, mas precisa ter preço competitivo, senão fica sem consumo – diz Sérgio Prado, da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) em Ribeirão Preto.

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