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UE busca estratégia para manter ajuda a produtor

A União Européia disse que está estudando que medidas adotará após a decisão final da comissão de arbitragem da Organização Mundial do Comércio. “Agora a comissão analisará com cuidado o relatório dos membros da comissão de arbitragem e suas opções nessa disputa”, declarou o porta voz da Comissão Européia.

Em 4 de agosto a OMC considerou corretas as reivindicações do Brasil, Tailândia e Austrália de que a ajuda financeira que a UE concede a seus produtores de açúcar distorce os preços do produto no mercado mundial, pois os excedentes, que também recebem esse tipo de subsídio, precisam ser exportados.

Os produtores de açúcar, entre os quais as empresas Suedzucker AG e Tate & Lyle Plc, se beneficiam desse auxílio financeiro. Elas receberam um total de € 819 milhões (US$ 986 milhões) em subsídios da União Européia no ano passado, segundo a agência humanitária britânica Oxfam.

A UE, integrada por 25 países, é a segunda maior exportadora mundial de açúcar, atrás apenas do Brasil. O comissário europeu para a Agricultura, Franz Fischler, disse que é bem provável que a UE apele da decisão da OMC a respeito dos subsídios ao açúcar. Ele falava a jornalistas em Noordwijk (Holanda). Noordwijk é um balneário litorâneo no Mar do Norte, 40 km a sudoeste de Amsterdã.

A produção de açúcar da UE foi de 17,2 milhões de toneladas entre julho de 2002 e junho de 2003. As exportações de açúcar da UE, que então era formada por 15 países, chegaram a 4,83 milhões de toneladas nesse período, das quais mais da metade – 2,64 milhões de toneladas – constituíam excedente e não receberam nenhum subsídio à exportação.

A comissão, o braço regulador da UE, disse em seu comunicado que a programada “revisão radical” do programa açucareiro do bloco “reduziria substancialmente as exportações de açúcar da UE e os reembolsos para exportação, aboliria a intervenção, reduziria a produção da UE e o preço interno do açúcar”.

Expectativa de cortes

“Essa decisão gera mais pressão sobre a comissão para que ela dê continuidade a suas propostas e faça cortes”, disse Alain Beaumont, secretário-geral do Comitê dos Usuários Industriais de Açúcar, sediado em Bruxelas e que tem a Coca-Cola Co., a Kraft Foods Inc., a Cadbury Schweppes Plc e a Unilever entre seus membros.

“O problema é que essa decisão afetará negativamente os produtores mais eficientes da UE. É o que desejamos?” A comissão pretende reduzir em um terço o preço de garantia pago pelo açúcar fabricado a partir da beterraba européia e da cana importada.

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