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UE, Brasil e Moçambique vão assinar acordo de bioenergia

A União Europeia e o Brasil assinarão um acordo com Moçambique nesta semana para desenvolver projetos de bioenergia e biocombustíveis no país africano, disseram autoridades nesta segunda-feira.

O acordo será assinado durante a cúpula de líderes europeus e brasileiros em Brasília na quarta-feira, disseram eles.

Estimulado pela alta demanda de biocombustíveis da UE e as metas de expansão da produção do Brasil, o acordo com Moçambique é visto em Bruxelas e em Brasília como o primeiro passo para a cooperação no desenvolvimento de projetos de energia renovável na África.

Sob o acordo, a UE e o Brasil iniciarão estudos sobre como desenvolver melhor os projetos de bioetanol, biodiesel e bioenergia em Moçambique, que se tornou o maior produtor de biocombustíveis do continente nos últimos anos.

“O acordo fará parte de uma cooperação mais ampla entre a UE e o Brasil com a África, que esperamos levará a um acordo com a União Africana”, disse uma autoridade da UE.

O bloco europeu precisa de biocombustíveis para atingir sua meta de fornecimento de 20 por cento de suas necessidades energéticas a partir de fontes renováveis até 2020.

Unindo-se ao líder mundial de bioetanol, o Brasil, aceleraria a criação de um novo e mais barato fornecedor na África.

Diferentemente do bioetanol brasileiro, sujeito a pesadas tarifas de importação na UE, o biocombustível produzido na África receberia impostos mínimos.

As novas bases de produção na África beneficiariam os produtores de biocombustível brasileiros, como a Cosan e o grupo produtor de etanol e cana-de-açúcar Copersucar, disseram diplomatas brasileiros.

Tais empresas ainda precisariam do selo de aprovação da UE para garantir que o biocombustível africano esteja dentro das duras regras europeias de proteção do meio ambiente.

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