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UE aprova lei de etanol e Brasil terá mercado de 14 bilhões de litros

Com a aprovação, na última sexta-feira, da diretiva que vai regulamentar o uso de biocombustíveis na Europa, pelo conselho europeu, as usinas brasileiras produtoras de etanol terão, para conquistar, um mercado com potencial anual de consumo avaliado em 10 a 14 bilhões de litros do combustível em 2020. Em receita, hoje, equivaleria a um mercado de, no mínimo, US$ 5 bilhões.

O conselho aprovou a legislação (ou diretiva) junto com um pacotão de leis que envolvem o tema energia e mudanças climáticas. Na próxima quarta-feira, dia 17, o texto vai passar pela última etapa de aprovação, desta vez, pelo parlamento europeu. Embora ainda falte esse voto, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), acredita que a legislação esteja aprovada. Segundo Geraldine Kutas, assessora internacional da entidade, a passagem do texto pelo parlamento se trata de formalidade. “Ainda não sabemos exatamente o tamanho desse mercado, mas fizemos algumas projeções”, acrescentou.

Para entender a projeção, vale relembrar o que estabelece a diretiva. O uso dos biocombustíveis é apenas um dos capítulos da lei sobre o uso de energias renováveis no bloco, cuja meta é de que, até 2020, 20% de toda a energia consumida na região seja proveniente de fontes alternativas. Desse total, o setor de transportes terá de colaborar com 10%. A Unica estima que esses 10% equivaleriam a aproximadamente o consumo de 10 a 14 bilhões de litros de etanol em 2020. “É apenas projeção, baseada nas estimativas de consumo de gasolina”, reforça Geraldine. Ao passar pelo crivo do parlamento, levará um ano para que o texto da diretiva seja transcrito em legislação nos países europeus, e a lei deverá vigorar a partir do primeiro trimestre de 2010.

É importante lembrar que os biocombustíveis não são a única alternativa para os europeus nessa fatia dos 10%. Há outras fontes, como o uso de carros elétricos, por exemplo. Além de Brasil e Estados Unidos, a indústria do etanol está se desenvolvendo em países da África e Ásia. Índia, China e Paquistão foram exemplos citados por Tarcilo Rodrigues, diretor da Bioagência. “Os países produtores vão primeiro atender a seus mercados internos e exportar o excedente. Esses países poderão fornecer cerca de 2 bilhões de litros”, estima Rodrigues. A UE produz etanol, mas ainda não em quantidade suficiente para atender o consumo. Segundo a Bioagência, o consumo de álcool no bloco soma 8 bilhões de litros e a produção é de 6,7 bilhões de litros (uso combustível e outros fins).

Com a aprovação, na última sexta-feira, da lei que vai regulamentar o uso de biocombustíveis na Europa, pelo conselho europeu, as usinas brasileiras produtoras de etanol terão, para conquistar, um mercado com potencial anual de consumo avaliado em 10 a 14 bilhões de litros do combustível em 2020. Em receita, equivaleria a US$ 5 bilhões. O conselho aprovou a legislação junto com um pacote de leis que abrangem energia e mudanças climáticas. Na próxima quarta-feira (17), o texto será votado pelo parlamento europeu.

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