Mercado

Trevisan defende imediata volta das câmaras setoriais

O próximo Presidente da República deverá retomar de imediato as câmaras setoriais e a prática de protecionismo em relação às empresas brasileiras. A avaliação é do contador Antoninho Marmo Trevisan, uma das principais autoridades dos setores de auditoria do País, que promoveu palestra hoje no auditório da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACI-RP).

As câmaras setoriais têm, por objetivo, discutir os temas relativos a cada cadeia da economia como, por exemplo, a cadeia do setor sucroalcooleiro e segmentos da agricultura ou da indústria. Elas geralmente são formadas por representantes das empresas, da sociedade civil e do próprio governo. “O governo tem de estar presente nesse órgão para saber onde arde”, disse Trevisan.

“Por meio das câmaras é possível evitar, por exemplo, ações de repartições públicas que ameacem as atividades empresariais”, comentou, referindo-se à recente determinação da Secretaria da Receita Federal de cobrar Imposto de Renda na fonte da atividade agrícola, “sem levar em conta os riscos dessa atividade ao empresário”.

Trevisan defendeu a imediata política de protecionismo por parte do novo Presidente da República. “Não queremos uma política apenas protecionista, como fazem, por exemplo, os Estados Unidos, que defendem a queda das barreiras, mas não fazem isso em sua geografia”, observou. “O ideal é uma política de valorização da empresa, do produto e da cultura brasileira”.

Em sua opinião, por meio dessa prática é possível manter a qualidade e a competitividade do produto nacional. “Não adianta de nada imitarmos um produto feito em outro país porque nos tornaríamos um macaco, que é facilmente derrubado”.

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