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Treinamento e redução de custos são fundamentais para êxito das usinas, diz Belai

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“Treinamento, motivação e redução de custos serão as soluções para diferenciar as empresas vencedoras do setor”. A frase é de Hélio Belai, gerente de operações industriais e diretor de marketing do Gemea – Grupo de estudos sobre a maximização da eficiência agroindustrial, em sua última reunião realizada na semana passada, dia 22 de fevereiro, em Goiânia (GO). Segundo Belai, para sobreviver num mercado competitivo, dinâmico e com custos baixos, exige-se usinas de alta performance, com profissionais de alta performance e totalmente polivalentes, visando a sustentabilidade do negócio.

Estes foram os temas do início das atividades do Grupo em 2013, que bateu recorde de público. O evento apresentou as vantagens de se utilizar uma manutenção classe mundial, com a palestra “Diagnóstico de Redutores Planetários” do engenheiro Anderson Andrade Trigo, diretor executivo da Spectra.

Segundo Andrade, a implantação da manutenção preditiva na indústria sucroenergética é inevitável para se atingir os objetivos de aumento de produtividade aliada à redução de custos. “Se a manutenção preditiva é inevitável, o monitoramento da vibração dos Redutores Planetários é imprescindível devido à sua importância e criticidade. O grande sucesso na implantação da manutenção preditiva em nossos clientes é atribuído ao método diferenciado que prioriza o envolvimento de todo o corpo técnico do cliente às mais avançadas técnicas e tecnologias disponível na atualidade”, diz.

Outro tema foi o “Gerenciamento on-line em sistema de geração de vapor – Tecnologia 3DT Boiler”, de Cláudio M. Fabro, consultor técnico industrial da Nalco. Segundo Cláudio, o gerenciamento do programa de tratamento químico do gerador de vapor, é fator fundamental para proteção da caldeira e redução do desperdício de água e energia. “A tecnologia 3DTrasar da Nalco, promove o monitoramento e controle do potencial de corrosão da água de alimentação através do módulo NCSM , ajustando automaticamente a dosagem do supressor de oxigênio, garantido o controle da corrosão. Também monitora e regula a concentração dos inibidores de incrustação e deposição, através da tecnologia Trasar que rastreia e determina a concentração das moléculas. Todas as informações do sistema podem ser gerenciadas via internet ou por comunicação via supervisório da usina”, lembra.

Em seguida o tema apresentado foi o  “Programa Caldema de melhorias contínuas em caldeira” , ministrada pelo engenheiro,  Afrânio L. R. Lopes, gerente de engenharia de aplicação na Caldema, que abordou parâmetros de operação,melhoria de performance,segurança da operação,economia de vapor,etc.

O engenheiro explica que atualmente com a mecanização da colheita da cana houve um aumento das impurezas minerais, como terra e areia, do combustível (bagaço e palha) trazendo alguns problemas para as caldeiras como corrosão, abrasão e instabilidades operacionais. “Identificando essas necessidades, a Caldema trouxe para o mercado o “Programa de melhorias contínuas em caldeiras” que visa buscar soluções para estes problemas. Um dos destaques destas melhorias são os alimentadores de bagaço “shark teeth”, um produto exclusivo da empresa promovendo uma melhor performance e estabilidade operacional para alimentação da caldeira evitando o “encabelamento” e “embuxamento” do bagaço e da palha”, revela.

O “Sistema de limpeza de cana a seco e uso da palha na geração de energia”, com engenheiro Paulo Dalben, foi outro tema discutido no encontro. “O tema é voltado a novas tecnologias e aumento de receitas, visando aumentar a competitividade das usinas melhor aproveitando seus subprodutos, que neste caso é a palhas. Sabemos que hoje a exportação de energia já representa a segunda fonte de receita em algumas unidades, acredita-se que no futuro a exportação seja fator prioritário para usinas manterem na atividade”, afirma Dalben.

A “Tecnologia e Soluções para Melhor Eficiência na Geração de Energia”, com Carlos Paletta, gerente de desenvolvimento de negócios da TGM, revelou que este assunto está diretamente ligado ao anterior devido a similaridade e necessidade de sincronia entre eles. “A otimização energética é fator fundamental para sobrevivência das usinas no futuro. O assunto é interdependente, pois precisamos de turbinas econômicas, baixa manutenção e com inovações tecnológicas, visando economia de vapor e elevada eficiência de tempo aproveitamento, pois cada vez mais reduzimos tempo de manutenção para elevar disponibilidade e aproveitar o máximo de ART da cana”, confirma Hélio Belai, do Gemea.

Em seguida o engenheiro Daniel Micheli, coordenador de negócios petroquímicos e geração de energia na Lubritech, discursou sobre os impactos financeiros de uso prudente, econômico e responsável dos lubrificantes Lubritech, informando tecnicamente o retorno financeiro, redução de paradas, redução de perdas, etc. A empresa também mostrou o “Sistema de Recuperação de Óleo Lubrificantes e Sistemas de Lubrificação por Névoa” , demonstrando redução custos e lubrificação classe mundial.

O tema “Motivação e Trabalho em Equipe” , ministrada por Luiz Carlos Canelhas, psicólogo e teólogo, apresentou a importância do capital intelectual, vantagens da motivações, tipo de motivação,etc. Ele falou do futuro do tema no setor sucroenergético, as tendências, mostrando o potencial de melhorias e principalmente seus impactos positivos na economia das empresas e do Brasil. “As técnicas de avaliação das características psicológicas dos seres humanos e técnica para conhecê-los e saber como tratar cada um com suas características individuais, me chamou a atenção. Durante a apresentação foram feitas várias simulações para os coordenadores descobrirem os anseios e necessidades de seus colaboradores”, explica Belai.

Para Belai, os encontros do Gemea promovem uma verdadeira reciclagem de conhecimentos, pois a diversidade dos temas têm sido cruciais para que os profissionais tenham uma visão panorâmica do setor. “Muitos colegas do setor não concordam, mas devemos diversificar, sair do quadrado, olhar com visão de águia, observando o todo, com isto poderemos muitas vezes com ideias simples, reduzir custos, elevar eficiência, melhorar qualidade, reduzir acidentes e motivar pessoas”, finaliza.

Hélio Belai acredita que 2013 será um ano de mudança de paradigma para o setor. “Com isto temos muito a  ganhar, caso contrário mais usinas sucumbirão”.

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