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Tragédia em SC faz setor rever questões de segurança

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A recente tragédia ocorrida na boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, reacendeu a discussão sobre segurança no trabalho. O setor sucroenergético, assim como praticamente todos os outros, precisa repensar as normas aplicadas.

Segundo o consultor Eliton Ronaldo Geroldo, um dos principais problemas vividos no país é pensar apenas na parte burocrática. “O investimento em segurança do trabalho, infelizmente, fica sempre em segundo plano. Vemos mais empenho das empresas em simplesmente atender a burocracia da legislação do que efetivamente com a saúde do colaborador em seu ambiente de trabalho”, explica.

O especialista faz referência a NR-10 – Norma Regulamentadora, que abrange todas as fases da produção de energia elétrica, além dos trabalhos realizados com eletricidade. “Assim como vários outros segmentos, o setor sucroenergético foi surpreendido pelas novas exigências. Apenas as grandes usinas possuem processo de implantação do novo processo. Mas a preocupação deveria ser maior, já que possuem áreas sujeitas a grandes explosões”.

Outro ponto lembrado por Geroldo nos remete ao famoso “jeitinho brasileiro”, que se faz presente em boa parte das unidades. “A falta de mão de obra qualificada é um dos maiores empecilhos. Vemos profissionais do setor elétrico sem diploma de eletricista, já que muitos são migrados de outros departamentos da empresa. É preciso estar atento desde o inicio, pensando e realizando uma melhor seleção no quesito. Para muitas usinas, o cenário de segurança está longe do ideal ainda”.

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