A Toyota, a primeira montadora a lançar um híbrido flex no Brasil, aposta no abastecimento dos seus carros elétricos com etanol. A empresa justifica essa opção, por entender que o investimento para a implantação de uma rede de carregadores de baterias é muito elevado e que o Brasil tem outras prioridades em termos de infraestrutura pública.
Isso não significa que a Toyota esteja abdicando do carro 100% elétrico. Afinal de contas, é uma das grandes apostas da montadora japonesa. Globalmente, a meta é que, até 2025, pelo menos uma versão de seus carros tenha algum grau de eletrificação.
No Brasil, o plano já está em ação. A Toyota foi a primeira marca a lançar um híbrido flex, em uma versão do Corolla Sedan, em 2019. Em março deste ano, a montadora japonesa apresentou também uma versão híbrida flex do Corolla Cross, um novo SUV da companhia. O Sedan é produzido na fábrica de Indaiatuba, no interior de São Paulo, que recebeu investimento de R$ 1 bilhão para desenvolver a tecnologia, enquanto o Cross é feito em Sorocaba, também em São Paulo.
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As duas versões lideram a lista de híbridos mais vendidos do país. No primeiro semestre, o Cross havia vendido 3,6 mil unidades, enquanto o Sedan atingiu 3,5 mil vendas, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Juntos, eles representaram 52% do segmento, mas apenas 9% dos 78,5 mil veículos vendidos pela Toyota no Brasil no período.
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Seguindo a direção da matriz, a empresa pretende eletrificar todo seu portfólio até 2025. Isso significa que, dentro de cada modelo, pelo menos uma versão será eletrificada: pode ser carro híbrido, híbrido flex, com tecnologia plug-in hybrid (híbrido que pode ser carregado por meio de tomada), carros elétricos, e carros movidos a células de combustível.