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Tocantins terá maior usina de cana do Norte e Nordeste

O Tocantins terá, em junho de 2010, a maior usina de cana-de-açúcar do Norte e Nordeste do país. A Bunge apostou no potencial tocantinense para investir na implantação de um moderno sistema de produção sucroalcooleira e de energia elétrica. O empreendimento, que está a todo vapor, já conseguiu modificar a realidade de Pedro Afonso, região Central do Estado. Com a chegada da multinacional, os moradores aproveitam a oportunidade para investir no comércio e em habitação.

Com 800 pessoas contratadas, a empresa está na fase de produção de matéria-prima. Até o momento, são 7.200 hectares de cana, que segundo o gerente administrativo, Humberto Theodoro Delgado, deverá chegar ao final de 2009 com 10 mil hectares. “A proposta é alcançar 50 mil hectares”, diz, acrescentando que a Bunge vai expandir a produção de cana em parceria com os produtores.

Para! o secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Sahium, que há quatro anos vem apoiando os empresários no processo de instalação da Bunge no Estado, informa que a usina é um modelo de indústria que servirá para o mundo. “É um turismo de conhecimento, pois tudo que há de moderno na cultura canavieira, a Bunge trouxe ao Tocantins”, complementa.

Produção de energia

Com um projeto moderno, a usina vai investir em álcool, açúcar e em eletricidade. Quando a usina estiver em funcionamento, produzirá inicialmente 126 milhões de litros de álcool por ano. O açúcar começará em 2013, com 180 mil toneladas anuais.

Paralela à construção da indústria, a empresa está construindo uma usina termoelétrica com a capacidade de gerar 317 Gigawatts, energia que será produzida com o bagaço da cana. De acordo com o gerente administrativo, a ideia é utilizar 40% da energia para o abastecimento da usina e do sistema de irrigação. Os outros 60% serão exportados.

Vilozinário Cardoso da Silva, que há 18 anos reside em Pedro Afonso, cita que houve uma valorização dos imóveis. “Lotes que antes eram vendidos a R$1.000, hoje valem quase R$10.000”, pontua. Alguns moradores estão aproveitando a oportunidade para investir nesse setor. Muitos estão reformando, alugando e vendendo casas com o valor em alta.

Agroenergia no Tocantins

Na corrida para a expansão da agroenergia, a cana aparece como a principal matriz energética para a obtenção de etanol. Apesar da viabilidade comprovada, o Tocantins, até então, não possuía grandes projetos em funcionamento. Dados da Seagro mostram que as áreas produtoras concentram-se em Arraias, Gurupi e Pedro Afonso. Esses municípios totalizam um plantio de 13.563 hectares. No que se refere à industrialização, o Estado conta com três usinas: uma em funcionamento, uma em fase de implantação e a outra desativada.

Zoneamento da cana

O Tocantins é o único Estado da Região Norte beneficiado com o zoneamento da cana-de-açúcar. A publicação é um reforço às políticas de sustentabilidade ambiental desenvolvidas no Tocantins. O estudo, que foi divulgado no início do mês de outubro, pelo MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, viabilizará o avanço da produção de açúcar e biocombustível no Estado.

As estimativas obtidas demonstram que em todo o país há disponíveis aproximadamente 64,7 milhões de hectares de áreas aptas à expansão do cultivo da cana, sendo que, destes, 19,3 milhões de alto potencial produtivo. O Tocantins foi contemplando com uma área de 1,14 milhão de hectares de terras distribuídas em 103 municípios tocantinenses.

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