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Terminal de exportação de álcool

O Teag, controlado pela Crystalsev e pela Cargill, já está construindo, também no porto de Santos, um terminal de exportação de álcool. O novo empreendimento deve ser inaugurado em 2004.

De acordo com Ricardo Ferreira Santos, diretor superintendente da Crystalsev, o terminal poderá armazenar até 40 milhões de litros de álcool e terá capacidade para embarcar até 900 milhões de litros por ano.

O investimento é uma demonstração de como o setor sucroalcooleiro está otimista com a possibilidade de crescimento do mercado mundial de álcool. Neste ano, o Brasil deve exportar cerca de 700 milhões de litros, segundo estimativas da Unica (União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo), menos do que a capacidade do terminal do Teag. A Crystalsev estima enviar para o exterior 70 milhões de litros do produto em 2003.

O otimismo, no entanto, não é apenas do setor sucroalcooleiro. O governo brasileiro também trabalha para aumentar as exportações. O objetivo é fazer com que vários países do mundo inteiro passem a usar o álcool como mistura à gasolina em substituição principalmente ao MTBE, um derivado de petróleo. Entre todos os produtos usados como mistura à gasolina, o álcool é o menos poluente, segundo especialistas do setor.

A medida pode se tornar realidade a partir da entrada em vigor do protocolo de Kyoto, pelo qual os países que o subscreveram se comprometeram a reduzir sua emissão de gases poluentes. Santos disse que os principais mercados para o álcool brasileiro serão países da Ásia, da Europa e talvez os Estados Unidos.

A construção de um terminal de exportação de álcool em Santos é contrária a intenção de outras usinas do Estado, que pretendem ampliar o uso do porto de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, que já é usado atualmente para escoar a exportação brasileira de álcool.

Ricardo Brito, presidente do Conselho de Administração da Crystalsev, até admitiu aderir à idéia de usar o porto de São Sebastião, construindo um alcoolduto que levaria o produto até lá, mas ele mostrou cético com a idéia. “Tudo bem, mas precisa de muito dinheiro. Quem tem muito dinheiro hoje?”, questionou.

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