A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, foi homenageada pela Fiesp durante reunião realizada no dia 18 de março pelo Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), em São Paulo.
Tereza Cristina teve seu desempenho enaltecido pelas autoridades e pelos empresários presentes no encontro. A ministra deixará o comando da pasta ainda este ano para concorrer ao Senado Federal pelo estado do Mato Grosso do Sul, apesar dos rumores de que seria a indicada ser a vice na chapa de Jair Bolsonaro, que concorrerá à reeleição.
Tereza Cristina recebeu um troféu das mãos do presidente da Fiesp, Josue Gomes, e do ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e membro do Cosag, Roberto Rodrigues, com a figura do “Semeador”, simbolizando o reconhecimento pelo seu trabalho extraordinário, mesmo enfrentando dificuldades conjunturais como a crise sanitária e, mais recentemente, a guerra na Ucrânia.
“O agro brasileiro é forte porque tem no ministério pessoas como a Tereza, serena, discreta e muito competente”, disse o presidente da Fiesp, ao exaltar a serenidade, a firmeza, a descrição e a eficácia com as quais Tereza Cristina desempenhou seu papel à frente do MAPA, durante o governo de Jair Bolsonaro.
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Roberto Rodrigues destacou as qualidades técnicas de Tereza Cristina, que é formada em engenharia agrônoma e já foi deputada federal, e qualificou seu legado como “extraordinário”.
“Você semeou uma quantidade enorme de projetos que estão frutificando”, disse Rodrigues a Tereza Cristina. “Por isso, oferecemos uma lembrança do Cosag – este pequeno troféu com a imagem de um semeador – para que você o coloque na prateleira mais alta que você tiver em sua casa”, acrescentou o ex-ministro.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, elogiou a maneira como a atual ministra contornou crises como a pandemia de covid-19, o desastre de Brumadinho e a recessão na Argentina, e garantiu que não houvesse desabastecimento no Brasil. Ainda segundo ele, Tereza Cristina teve papel crucial na abertura de mercados, na queda de barreiras comerciais e na busca por fertilizantes para o agronegócio brasileiro.
Na ocasião, Tereza Cristina apresentou um balanço das ações conduzidas pelo Ministério da Agricultura no triênio 2019-2022 e destacou, entre outras conquistas, a concessão de créditos da reforma agrária, Plano Safra e outros. Apontou soluções tecnológicas para aumentar a produtividade no campo e na indústria, além de programas federais de estímulo à produção agropecuária sustentável e a fabricação doméstica de bioinsumos agrícolas, além de outros incentivos a pequenos e médio produtores.
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A ministra ainda falou do estímulo à segurança jurídica no campo, englobando regularizações fundiárias e ambientais de imóveis rurais e da abertura de novas fronteiras comerciais para o agronegócio brasileiro no exterior, com o acesso a mais de 200 mercados, uma conquista importante do MAPA neste período. Citou ainda a participação do Brasil em fóruns importantes, como a COP-21, entre outros.
“Quando a gente faz o que gosta e faz com prazer, a gente consegue caminhar”, disse Tereza Cristina. “Fiz minha obrigação de reger essa orquestra boa e afinada que estava junto comigo. Essa semente que eu deixei plantada, todos nós semeamos no agro”, afirmou.
Mário Montes, atual secretário-executivo do MAPA, e nome mais cotado para assumir o Ministério, terá a desafiadora tarefa de dar continuidade ao trabalho iniciado por Tereza Cristina e também dar escala aos projetos implementados nos últimos três anos e meio.