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Tempo seco afeta produção nas lavouras de milho

As condições do tempo na semana passada foram típicas de outono, com baixa umidade do ar, céu limpo e temperatura amena. No fim de semana, uma frente fria chegou ao Sudeste, provocando chuvas isoladas, com maior volume em Votuporanga e Ilha Solteira.

Apesar da chuva, as reservas de água no solo permanecem baixas em praticamente todo o Estado. Apenas no Vale do Ribeira, onde estão Iguape, Registro e Pariquera-Açu, a umidade está acima de 50% da capacidade máxima de retenção, com condições razoáveis para as pastagens, bananais, lavouras de chá e maracujá.

Nas localidades onde choveu não houve deficiência hídrica, mas o volume de chuva não foi suficiente para elevar a umidade a níveis adequados para as culturas anuais em fase de florescimento e enchimento de grãos. O tempo seco é mais preocupante para os produtores de milho safrinha, girassol e amendoim, com semeadura em fevereiro e março.

Nas áreas de milho, apesar da boa aparência das lavouras – porte alto e verde intenso – há risco de queda de produtividade. Esse contraste é causado pela boa quantidade e distribuição da chuva desde a semeadura, seguido pela estiagem iniciada em meados de abril – que tem afetado a fase reprodutiva da cultura, o que pode resultar em má formação das espigas, com forte queda de produção.

Nas áreas destinadas à produção de trigo, apesar da temperatura favorável, a falta de chuva também pode prejudicar as áreas já semeadas, além de atrasar a semeadura nas regiões onde a cultura ainda não foi instalada. Para a reversão desse quadro, são necessárias chuvas acima de 50 milímetros.

Colheita

Nas lavouras em fase de colheita, as condições do tempo não prejudicaram a prática e, mesmo onde choveu, foi possível continuar as operações com boa eficiência, com dificuldades apenas na secagem de grãos.

Tiveram continuidade os trabalhos de colheita da mandioca em Engenheiro Coelho e Presidente Prudente; da canade-açúcar em Piracicaba, Jaú, Tietê e Ribeirão Preto; a finalização da colheita da soja em Guaíra, Palmital e Ituverava; e a derriça e secagem do café em Mococa, Franca e Monte Alegre do Sul. ?

*Fábio Marin é pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária. Para mais informações sobre tempo e clima, acesse www.agritempo.gov.br

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