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"Temos condições de produzir etanol de forma rápida em todos os continentes”, diz diretor-executivo do APLA

Flávio Castellari participou da Conferência da DATAGRO

"Temos condições de produzir etanol de forma rápida em todos os continentes”, diz diretor-executivo do APLA

O mundo tem um grande potencial no que diz respeito à produção de etanol. De acordo com Flávio Castellari, diretor-executivo do Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla), 100 países poderiam fornecer biocombustíveis, sendo que, atualmente, apenas 20 países podem oferecer gasolina.

“Temos condições de produzir etanol de forma rápida em todos os continentes”, diz o diretor-executivo do Apla. “O etanol é sim parte da solução, hoje podemos mostrar para o mundo que essa possibilidade existe”, disse, referindo-se ao processo de descarbonização.

Castellari participou nesta segunda-feira (23), de painel da 23ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, que teve como moderador Alberto Carlos Bicca, coordenador de Agronegócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

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Com o tema “Expansão do Uso do Etanol no Mundo”, na ocasião, participaram também Luis Augusto Barbosa Cortez, professor titular da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (Feagri-Unicamp); David Chiaramonti, professor titular em Tecnologias de Conversão de Bioenergia da Politecnico di Torino, na Itália; e Dr. Heitor Cantarella, pesquisador científico do Instituto Agronômico (IAC).

Cantarella, pesquisador do IAC, destacou o fato de o etanol e o biodiesel serem produzidos de forma sustentável em grandes volumes mundo afora, com destaque para Brasil, Estados Unidos e países do Sudeste Asiático. “Atualmente, etanol e biodiesel dominam o mercado real de biocombustíveis“, ressaltou. “As agências internacionais são unânimes: é preciso aumentar a oferta de biocombustíveis para atingir as metas de descarbonização“, complementou.

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O professor Luís Augusto, da Unicamp, salientou que o etanol é uma oportunidade para o Brasil reduzir de maneira significativa as emissões de gases de efeito estufa (GEE), unificando a agenda ambiental com a produção de energias renováveis.

David Chiaramonti deu um panorama sobre as políticas adotadas pela União Europeia para mitigar as emissões de carbono. De acordo com ele, as emissões provenientes da aviação e do transporte marítimo correspondem, respectivamente a 14,4% e 13,5% das emissões de transportes no bloco, sendo o SAF (Sustainable Aviation Fuel) uma alternativa sustentável para o setor aéreo europeu.