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Técnicos ambientais vistoriam três usinas no interior de SP; impressão foi positiva

Para acompanhar o cumprimento das diretivas do Protocolo Agroambiental que prevê antecipação do fim da queimada da cana-de-açúcar, técnicos do meio ambiente do Estado de São Paulo promovem vistorias no setor sucroenergético. E a impressão foi positiva, já que para o gerente do Projeto Ambiental Estratégico Etanol Verde, Ricardo Viegas, o protocolo está incorporado no planejamento estratégico das empresas. Essa é a impressão que teve ao vistoriar as usinas Comanche, em Canitar, São Manoel, no município homônimo e a unidade do grupo Clealco na cidade de Clementina. “Ficamos um dia inteiro em cada usina e fazemos as observações. Quem nos acompanha são os membros da diretoria e os proprietários das usinas. Os compromissos com o fim da queima e a recuperação das matas ciliares têm sido bem cumpridos”, relatou.

A agenda de vistorias prioriza as usinas conforme a localização na bacia hidrográfica e o conglomerado, ou seja, as unidades gerenciadas por um único grupo. No total, 169 unidades agroindustriais e 26 associações de fornecedores aderiram ao documento, o que representa 94% da produção paulista de etanol e 56% da produção nacional. Os resultados do protocolo têm aumentado a cada ano. Na safra 2009/2010, 1,12 milhões de hectares deixaram de ser queimados.

De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, além da melhoria na qualidade do ar, o uso de água na produção sucroalcooleira caiu consideravelmente. Na década de 90 o setor consumia 5 metros cúbicos para processar uma tonelada de cana de açúcar. Atualmente, a média é de 1,52 metro cúbido de água por tonelada. Outro ganho é na geração de energia a partir da biomassa, que representa 38% da matriz energética paulista, afirma a Secretaria.

Lançado em 2007, o Protocolo Agroambiental é um acordo firmado entre as secretarias do Meio Ambiente e de Agricultura e Abastecimento com o setor de açúcar, álcool e energia, no âmbito do projeto Etanol Verde, para a antecipação do fim da queima da palha da cana de açúcar no Estado. Além disso, o setor se comprometeu com a recuperação de 251.375 hectares de mata ciliar, o que representa mais de 40 mil km de rios protegidos.

O protocolo estabelece a adoção de dez procedimentos técnicos pelas usinas de cana-de-açúcar para promover a produção sustentável do etanol, respeitando os recursos naturais e controlando a poluição.

De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, para aderir ao protocolo basta manifestar a intenção, por correspondência registrada ou protocolo na Secretaria Estadual do Meio Ambiente, informando os dados do empreendimento (CNPJ, endereço completo, telefone e e-mail, nome e RG do responsável pela unidade produtora). Além disso, é preciso baixar o Roteiro Técnico para o Plano de Ação disponível no site www.ambiente.sp.gov.br/etanolverde/roteirotecnico.asp. (Com informações do Portal do Governo do Estado de SP)

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