Mercado

Monitoramento do trabalhador por câmeras divide opiniões

A possibilidade da Justiça Trabalhista aceitar o monitoramento de empregados por câmeras no exercício de suas funções, desde que a empresa respeite limites, como avisar o funcionário que ele está sendo filmado e excluir do monitoramento áreas como banheiros e refeitórios, existe mas divide opiniões. Por isso, mais de 3 mil administradores filiados ao Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP responderam, via internet, à uma enquete sobre o assunto. Dos 3.286 administradores que responderam à pesquisa, 58,5% disseram que o monitoramento deveria ser aceito pela Justiça, pois a empresa tem o direito de acompanhar o trabalho que está sendo executado e proteger seu patrimônio. Por outro lado, 41,5% afirmaram que deveria ser proibido pela Justiça, pois representa violação à intimidade do empregado.

Os administradores justificaram a escolha na área de comentários anexada à enquete. Entre os que estão a favor, um dos argumentos mais recorrentes, daqueles que aceitaram, é o de que hoje já existem empresas que praticam o monitoramento e sua utilização tem como objetivo principal salvaguardar o patrimônio. Outro bastante frequente é a justificativa de que não há invasão de privacidade nem motivo para desconforto ao se ter uma câmera em lugares comuns, o que já acontece nas ruas, shoppings, condomínios e diversos locais públicos.

Em contrapartida, aqueles que são contra enfatizam a necessidade de as organizações se voltarem para a motivação e o investimento em gestão de pessoas, com foco nos princípios da boa relação entre colaboradores e empresa, e com base na confiança, respeito e valorização. Também é bastante destacado o fato de existirem outros meios para o empregador cuidar de seu patrimônio e otimizar o trabalho. Não são as câmeras que o farão, mas sim uma administração competente e parceira.

Banner Revistas Mobile