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Governos do Brasil e do Reino Unidos discutem projeto de álcool na África

Os governos do Brasil e do Reino Unido vão discutir a implantação de um projeto de usina de álcool na África. Na reunião realizada ontem, em Brasília, durante o primeiro encontro do Comitê Econômico e de Comércio Conjunto Brasil – Reino Unido (JETCO) os dois países discutiram os obstáculos que desfavorecem as relações bilaterais entre si. Também discutiram o estabelecimento de um intercâmbio de experiências tecnológicas para criar uma missão conjunta para implantação de um projeto piloto de biocombustível na África.

Para efetivar essas ações, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernado Furlan e o ministro do Comércio e da Indústria do Reino Unido, Alistair Darling, criaram três grupos de trabalho que devem apresentar resultados concretos em 12 meses.

As delegações brasileira e britânica também detectaram outros temas que os dois países devem avançar. Um deles é a bitributação. Também foi discutida a importância de trabalhar em conjunto com outros membros da OMC para a retomada das negociações da Rodada de Doha em prol do desenvolvimento.

Uma das principais metas fixadas entre Furlan e Darling foi a criação de um projeto para a produção de combustíveis renováveis na África, continente que contém condições favoráveis ao plantio da cana. De acordo com pesquisas e testes do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), pelo menos 11 espécies de cana cultivadas no Brasil são de origem africana.

Na segunda-feira, em visita a Piracicaba, o ministro britânico teve a oportunidade de conhecer o CTC e algumas empresas do setor sucroalcoleiro. Lá, ele pôde ver de perto a tecnologia desenvolvida pelo Brasil para a produção de etanol.

Ontem Furlan mostrou ao ministro Darling carros de três montadoras brasileiras que possuem a tecnologia flex fuel, e utilizam mistura de gasolina e álcool em qualquer proporção. Um dos carros apresentados possibilita ainda a utilização do Gás Natural Veicular (GNV). Darling dirigiu um dos carros e aprovou o desempenho do automóvel. O ministro britânico disse “não ter notado diferença alguma entre o carro flex e um carro movido apenas à gasolina”.

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