Mercado

Gastos com importação de diesel caem 81% no primeiro semestre

As importações de óleo diesel caíram 56,1% no primeiro semestre, influenciadas pela retração da economia e pelo menor acionamento de usinas termelétricas movidas pelo combustível.

Essa redução, aliada ao menor preço do derivado, na esteira da queda do barril do petróleo, fez com que os gastos com a importação de óleo diesel apresentassem retração de 80,9% (de US$ 2,4 bilhões para US$ 472,2 milhões) na primeira metade deste ano, na comparação com igual período em 2008.

Os dados são da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), e refletem a menor demanda pelo combustível mais utilizado no país. Internamente, o consumo de óleo diesel caiu 4,8% no primeiro semestre, na comparação com igual período no ano passado. Foram demandados, ao todo, 20,7 bilhões de litros.

Entre as causas do forte recuo nas importações, está a conjugação entre a m! enor demanda, principalmente por parte da indústria, em função da crise econômica, e o aumento da produção interna de diesel.

Outro fator decisivo foi o maior nível de ocupação dos reservatórios brasileiros no primeiro semestre. Isso permitiu que as usinas termelétricas permanecessem desligadas por mais tempo. A térmicas são acionadas para poupar o uso dos reservatórios, preservando-os para o período mais seco do ano, compreendido entre maio e novembro.

Contribuiu ainda para menor importação de diesel o maior uso de biodiesel na matriz de combustíveis brasileira.

Em sentido inverso, as exportações de óleo diesel tiveram crescimento de 63,9% no primeiro semestre, mas a receita com essas vendas registrou queda de 1,5%, ficando em US$ 221,4 milhões. Sendo assim, a balança do diesel apresentou déficit de US$ 250,8 milhões.

Ao todo, as importações de derivados do petróleo tiveram retração de 11,9% no primeiro semestre, o que significou dispêndios 61,8% meno! res no período (US$ 1,9 bilhão), em relação aos seis meses iniciais em 2008.

As exportações de todos os derivados do petróleo subiram 26,5% de janeiro a junho, mas o menor valor no preço do barril fez com que a receita oriunda dessa venda despencasse 55,3% neste período, chegando a US$ 2,2 bilhões. O preço médio do petróleo importado no primeiro semestre de 2009 foi de US$ 52,01. Em igual período em 2008, chegou a US$ 107,70.

A balança comercial de derivados de petróleo fechou o primeiro semestre com superávit de US$ 235 milhões.

Banner Revistas Mobile