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Canaoeste apresenta modelo associativo de acesso a sustentabilidade

Entre os diversos projetos a entidade destaca a implantação de uma biofábrica voltada para o atendimento dos associados

Canaoeste apresenta modelo associativo de acesso a sustentabilidade

“Canaoeste – Modelo associativo de acesso a sustentabilidade” foi o tema da palestra apresentada por André Bosch Volpe, gestor da biofábrica da Canaoeste, que durante sua apresentação no CANABIO23, traçou um panorama das principais atividades desenvolvidas pela Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste).

Há 78 anos em atividade, a Canaoeste está sediada em Sertãozinho – SP e atende a mais de 90 municípios no estado de São Paulo, com 12 escritórios regionais. São mais de dois mil associados, que somam 3.500 propriedades e 40 unidades produtoras em mais de 120 mil hectares, somando sete milhões de toneladas de produção de cana-de-açúcar em 2022.

Segundo Volpe, a associação entrega soluções voltadas ao dia-a-dia no campo. “Um dos nossos pilares mais expressivos é o nosso suporte agronômico, buscando todo amparo necessário para a lavoura dos associados. Disponibilizamos também apoio jurídico e ambiental. Acreditamos que para a produtividade ser sustentável de verdade é preciso entregar valores aos três pilares: economicamente viável, ambientalmente viável e socialmente viável”, destacou.

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Volpe apresentou um balanço relativo ao ano de 2022 sobre os atendimentos prestados pela entidade e a economia proporcionada aos associados. “Em nosso último relatório tivemos um número de 24.008 ordens de serviços geradas, o que significa dizer que que cada associado recorreu aos nossos serviços técnicos, no mínimo 12 vezes ao ano, o que equivale a R$ 50 milhões de reais, em serviços prestados, ou seja, para cada real investido na associação, existe um retorno de 5,00 em serviços prestados, que impactam os custos de produção, pois os associados não precisam recorrer ao mercado para a execução destes serviços”, explicou.

Com relação aos projetos de sustentabilidade, Volpe destacou o programa de boas práticas e certificações que oferece suporte aos associados para a manutenção de boas práticas agrícolas e preparação para as auditorias de certificações.

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“O mercado tem pedido bastante e isso, então estamos nos antecipando, porque, muito provavelmente, em um curto espaço de tempo, teremos pressões muito mais fortes tanto no mercado local, como no internacional em busca dessas certificações para a comercialização dos produtos”, disse Volpe.

Um outro projeto da Canaoeste é a Biofábrica, que se encontra em fase final de implementação, aguardando a regulamentação burocrática.

“Inicialmente vamos começar a trabalhar com dois produtos para evitar riscos, mas já temos planejada a próxima etapa, buscando parcerias com o objetivo de desenvolver soluções mais específicas para tornar nosso manejo mais eficiente”, explicou.

Segundo ele existe um movimento muito forte rigoroso direcionando o setor para esse caminho de sustentabilidade e manejo biológico. “Como associação é muito importante estarmos dentro desse movimento, e mais do que isso, ser o catalisador neste cenário”.  Volpe também explicou como é o procedimento para se tornar associado da entidade e os benefícios que os produtores podem ter com essa parceria.

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