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Aprovação ambiental é 1º round em briga internacional do etanol

Para os produtores brasileiros de etanol, 2010 será o ano de concentrar forças para derrubar barreiras e, enfim, ‘desencantar’ o antigo sonho vender globalmente o álcool de cana-de-açúcar fabricado no Brasil e transformar o produto em commodity negociada internacionalmente, como o petróleo.

O setor ganhou injeção de ânimo com notícias divulgadas esta semana, como a decisão da Environmental Protection Agency (EPA), o Ibama dos EUA, de classificar o álcool de cana-de-açúcar como “combustível avançado” e a parceria firmada entre Shell e Cosan, anunciada na segunda-feira (01).

Na avaliação do presidente da Unica, Marcos Jank, a certificação oficial do combustível como opção limpa abre portas para a internacionalização do produto, mais conceituado pela agência do que o álcool à base de milho feito nos EUA. Para Jank, a certificação ajuda até a resolver problemas antigos, como a tarifa de importação imposta pelos EUA para o álcool brasileiro.

Na medida em que o etanol brasileiro ganha um passaporte bem melhor que o etanol do milho, a operação de produção de etanol muito mais atrativa. É por isso que grandes petroleiras como a Shell estão interessadas, disse.

Para o executivo, os usineiros devem aproveitar o momento de atenção e potenciais investimentos dedicados ao setor para conquistar avanços definitivos, como políticas públicas de estímulo à produção de energia renovável e um marco regulatório específico para o etanol.

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