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Superávit de açúcar no mercado global supera 3,3 milhões de toneladas

A oferta mundial de açúcar deverá superar a demanda em 3,3 milhões de toneladas na safra que se encerrará em setembro de 2007. A estimativa, que considera uma significativa recuperação da produção asiática, é de Olivier Pairault, economista-chefe da multinacional americana Cargill. Em razão de seus negócios no Brasil, a companhia é uma das maiores exportadoras de açúcar demerara (não-refinado) do mundo.

As perspectivas para os preços do açúcar “não são altistas”, disse Pairault em conferência promovida em Genebra. “Há riscos significativos para os próximos 12 meses, especialmente no Brasil e na Ásia”. Depois de apresentar o melhor desempenho no mercado internacional de commodities agrícolas em 2005, as cotações internacionais do produto estão em ritmo de queda desde maio.

A queda foi motivada, sobretudo, pelo aumento da produção de Brasil e Índia, que detêm as maiores áreas plantadas com cana do mundo. O superávit de oferta, se confirmado, virá depois de três anos consecutivos de déficits. Ontem, em Nova York, os contratos futuros para entrega em maio fecharam a 11,74 centavos de dólar por libra-peso, em baixa de 90 pontos. Em 2006, a queda acumulada dos contratos de segunda posição de entrega chega a 20,41%, segundo cálculos do Valor Data.

Para a F.O. Licht, a produção mundial de açúcar deve crescer 6,9%, para 157,6 milhões de toneladas, na safra 2006/07. Conforme a empresa, a oferta brasileira tende a aumentar 13%, para 31,3 milhões de toneladas, enquanto a safra da Índia deverá crescer 20%, para 25 milhões de toneladas. Conforme Pairault, esse quadro “desencadeará oscilações violentas e de grandes dimensões no mercado”.

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