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Summit – Unica apresenta projeto de requalificação profissional

O diretor executivo da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar), Eduardo Leão de Souza, apresentou nesta segunda-feira (1º), durante a abertura do Ethanol Summit 2009, um projeto que garantirá a requalificação anual de sete mil trabalhadores da cana no Estado de São Paulo. O Projeto Renovação, como é chamado, será desenvolvido em usinas das regiões de Bauru, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.

A indústria canavieira da região Centro-Sul emprega atualmente 260 mil cortadores de cana, 180 mil deles em São Paulo. O programa de requalificação profissional contempla a realização de cursos que permitirão aos trabalhadores no corte de cana, por exemplo, uma oportunidade para atuar como motoristas, operadores de máquinas, eletricistas, soldadores e mecânicos automotivos, entre outros.

Segundo Eduardo, o projeto também envolverá as comunidades locais e contará com cursos em outras áreas, como apicultura, reflorestamento, hotelaria e computação, entre outras. As 127 usinas associadas à Unica já confirmaram o apoio ao projeto, no que se refere à alimentação, transporte e infra-estrutura para os cursos. O projeto da Unica é patrocinado pela Syngenta, Case IH e John Deere, com apoio do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Mecanização x Emprego

Na safra 2008/09, aproximadamente metade da cana-de-açúcar de São Paulo foi colhida crua. A mecanização, que permite o aumento de competitividade, também revela o contraponto da redução de postos de trabalho. Essa condição deve continuar nos próximos anos por conta do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético, firmado entre o Governo paulista e a Unica, que prevê a antecipação do fim da queimada de cana em 2014 (áreas mecanizáveis) e 2017 (áreas não mecanizáveis).

O Projeto Renovação foi elogiado pelo presidente da Feraesp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo), Élio Neves, que considera um dos avanços mais significativos nas relações de trabalho do setor sucroenergético. Hélio citou três ocasiões específicas para ilustrar o desenvolvimento trabalhista do segmento. Uma delas foi o primeiro acordo coletivo, firmado há 25 anos, que garantiu benefícios inéditos aos rurícolas que organizaram uma grande mobilização.

O sindicalista também citou o início de um diálogo com a Unica, em 2001, o que se traduziria mais tarde numa parceria fundamental para as relações entre patrões e empregados. “Na ocasião foi estabelecido um novo protocolo para melhoria dos contratos e melhorias das condições de trabalho”, disse. A terceira ocasião citada por Hélio foi a aceleração das discussões com a entrada de Marcos Jank na presidência da Unica. “Estamos prestes a firmar o primeiro grande compromisso nacional para valorizar as boas práticas no trabalho no campo”, comemorou.

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