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Sucesso de público, carro flex já representa 76% do mercado

O carro bicombustível, também chamado de flex, caiu no gosto popular e já corresponde a mais de 76% do mercado de veículos novos no primeiro semestre deste ano, segundo informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea). Já existem 2 milhões de carros bicombustível circulando no País para uma frota estimada em 18,3 milhões de carros leves. E ainda tem um detalhe: o primeiro flex chegou ao mercado em 2003.

Das oito grandes montadoras de veículos instaladas no Brasil, seis já têm veículos bicombustível. E as duas que estão fora desse mercado já estão planejando lançamentos de carros novos que vão usar os dois combustíveis. “É interessante ter um veículo no qual você pode escolher qual o combustível vai usar”, disse o engenheiro José Roberto Lopes Pereira, que não se queixa do desempenho do seu veículo bicombustível adquirido há um ano.

Apesar do crescimento rápido, a tecnologia dos veículos bicombustível não é nova e já estava disponível, no Brasil, em 1994. “Na época, a credibilidade do álcool era muito baixa. As montadoras não sabiam se o mercado aceitaria o carro bicombustível”, lembra o gerente de desenvolvimento de produtos da multinacional Bosch, Fábio Ferreira, que participou das pesquisas que resultaram na tecnologia do carro bicombustível.

“Doze anos depois da descoberta dessa tecnologia, agora o carro flex é um sucesso”, comenta Ferreira. Ele argumenta também que um dos fatores que contribuíram para o carro bicombustível sair do laboratório foi a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que ocorreu no final de de 2002 para o veículo bicombustível. “Isso fez com que o veículo flex fosse lançado com o mesmo preço do carro a gasolina”, explica Ferreira.

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