Usinas

StoneX vê redução da importação de fertilizantes no 2º semestre

Segundo a consultoria, dificilmente as importações de fertilizantes manterão o forte ritmo nos próximos meses

StoneX vê redução da importação de fertilizantes no 2º semestre

Preços elevados não incentivam o aumento da adubação por parte dos agricultores brasileiros. A avaliação é da consultoria StoneX, que acredita que “mesmo que a valorização das commodities nos últimos anos siga garantindo margens positivas aos agricultores na próxima safra, o aumento dos custos com os insumos acaba também elevando os riscos de perdas financeiras em caso de eventuais quebras produtivas.

Além disso, fertilizantes mais caros demandam maiores investimentos e capital de giro no pré-safra, quando a maior parte das culturas ainda não foram comercializadas”.

A consultoria realizou uma pesquisa em junho, para buscar entender como se comporta a demanda por fertilizantes no 2º semestre deste ano. Segundo a consultoria, como já vem sendo discutido ao longo dos últimos meses, as relações de troca em níveis historicamente desfavoráveis aos produtores agrícolas deverão prejudicar o crescimento da adubação brasileira.

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Dentre as respostas recebidas, apenas um terço dos participantes, entre vendedores e consumidores de adubos, afirmaram que não deverão alterar o volume de adubos trabalhados no 2º semestre deste ano, em relação ao ano passado.

Os produtores de grãos são os que mais deverão realizar cortes na adubação neste ano, enquanto produtores de cana-de-açúcar e café, tendem a manter os mesmos níveis do ano passado. A pesquisa observou uma queda maior na demanda por NPK no Sul e Centro-Oeste, e menor no Sudeste.

Com fortes volumes de importação registrados neste 1º semestre e uma menor demanda pelos adubos na ponta consumidora, criou-se uma pressão de estoques nos portos e misturadoras. Consequência direta do descompasso entre a corrida por importações dos últimos meses para garantia de disponibilidade e o pouco senso de urgência dos agricultores em pagar mais caro pelo insumo.

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“Assim, diante de estoques altos, de uma demanda mais fraca no campo e da quase eliminação do risco de escassez frente ao volume internalizado até junho, às importações tenderão a perder ritmo ao longo do 2º semestre, refletindo a menor urgência pela garantia de disponibilidade. Ainda que, historicamente, o Brasil importe mais NPK na segunda metade do ano, dificilmente o volume desembarcado nos próximos meses manterá a diferença observada no 1º semestre/22”, conclui a consultoria.