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SP volta a ter deflação em junho

O Índice do Custo de Vida (ICV) na cidade de São Paulo, calculado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), fechou negativo em 0,21% em junho, informou ontem a coordenadora da pesquisa, Cornélia Nogueira Porto. É a terceira deflação do ano, embora menor que o 0,37% de maio. Em 2006, a cidade deverá ter a inflação mais baixa em nove anos, segundo Cornélia.

O que mais contribuiu para essa redução na velocidade de queda dos preços foram as altas de 1,36% no grupo saúde e de 0,48% na habitação. Asseguraram a queda a taxa negativa de 1,32% nos transportes e de 1,15% nos alimentos.

Do lado das altas, as maiores contribuições vieram dos reajustes de 1,69% na assistência médica, de 1,8% nos seguros e convênios médicos, de 1,16% nas consultas médicas e de 0,06% nos medicamentos e produtos farmacêuticos.

Na habitação, as pressões vieram da conservação do domicílio (2,92%), por causa das altas de material de construção (1,55%) e fio elétrico (8,29%).

Nos transportes, a maior queda ocorreu em transportes coletivos (1,68%), em razão do recuo do preço do bilhete de integração do metrô e da implantação do bilhete único. No subgrupo transporte individual, com redução de 1,19%, o responsável foi a deflação do preço do álcool (6,57%). Na alimentação, caíram os preços dos produtos in natura e semi-elaborados (2,93%), frutas (6,69%), hortaliças (12,81%), legumes (10,61%), raízes e tubérculos (4,85%), grãos (2,01%), carnes (0,56%), aves e ovos (1,49%).

A queda dos preços em junho aponta para uma taxa ao redor de 2,5% no fim de 2006, a mais baixa em 9 anos, superada apenas pelo 0,49% de 1998. Em 2005, fechou em 4,54%, quando o consumidor não havia ainda incorporado os ganhos de renda verificados neste ano.

Cornélia admite que, antes do resultado do ICV de junho, previa uma taxa mais perto de 3% do que de 2,5%. Até então, ela não estava certa de que a tarifa de eletricidade na capital teria um reajuste negativo de 1,9%. Mas o ICV de junho, apesar da perda de fôlego na velocidade de queda, passou a acumular em 12 meses uma taxa de apenas 2,44%. No ano, o ICV só subiu 0,73%, já incluindo a variação de junho.

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