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SP: Produção da cana deixa rodovia em 2013

A partir de 2013, o escoamento da produção de açúcar e etanol da região de Ribeirão Preto poderá deixar, definitivamente, as rodovias e migrar para os sistemas ferroviário e dutoviário. A ideia, segundo o representante da Unica Sérgio Prado, é que esses dois modais sejam utilizados em 100% do transporte de todas as usinas do nordeste paulista para economia de custos.

Os investimentos são pesados: ao menos R$ 6,3 bilhões, segundo anúncios feitos em parceria pelos setores público e privado.

Só a construção do alcoolduto vai consumir R$ 6 bilhões. A Logum -empresa anunciada na semana passada pela Petrobras e as gigantes do setor Cosan, Copersucar, Odebrecht, Camargo Corrêa e Uniduto-, será responsável pela obra.

Esse sistema dutoviário sai de Goiás, passa por Uberaba (MG), Ribeirão, Paulínia e São José dos Campos, e chega aos portos de São Sebastião e o Rio de Janeiro,

Segundo o diretor de operações e manutenção da Logum, Wong Loon, a expectativa é de 20% na redução nos custos do transporte do etanol por dutos em relação ao sistema rodoviário.

A Petrobras prevê que o alcoolduto tire das rodovias cerca de 80 mil caminhões por ano. “Os caminhões só serão usados para curtas distâncias e volumes pequenos”, disse Loon.

O trecho Ribeirão-Paulínia será o primeiro a ficar pronto -a previsão é de até 2013.

Ao todo, o alcoolduto terá capacidade para transportar até 22 bilhões de litros de etanol por ano -em 1.300 km de duto e centros de reservação ao longo do trecho.

AÇÚCAR

Já o grupo São Martinho vai investir R$ 30 milhões no ramal férreo e na construção de um armazém com capacidade para 60 mil toneladas de açúcar na usina de mesmo nome, em Pradópolis.

O empreendimento será feito em acordo com a Rumo Logística, braço da Cosan, para serviços logísticos em armazenagem, transbordo e transporte do açúcar.

A previ são é que a partir da safra 2012/2013, o serviço já possa ser oferecido a terceiros. A garantia da capacidade de transbordo para a ferrovia de até 2 milhões de toneladas de açúcar por ano.

Por meio de assessoria, o presidente do grupo São Martinho, Fábio Venturelli, afirmou que o projeto reforça um dos grandes diferenciais da empresa: a logística.

Na última safra, o grupo processou 13,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, sendo 873,4 mil toneladas de açúcar e 565,4 milhões de litros de etanol.

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