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Sorgo sacarino pode estender safra canavieira e gerar receitas

Utilizar sorgo sacarino na entressafra na renovação dos canaviais poderá se tornar uma realidade no setor sucroenergético nos próximos anos. O sorgo chegou para preencher esse espaço da entressafra e otimizar os investimentos da indústria e agrícola com mão de obra operando o ano todo, além de gerar receita constante. O processamento passará por alguns ajustes e o plantio necessita de uma semeadora/adubadora específico, mas a cultura veio para ficar. Esta é a opinião de Marcílio Gurgel, engenheiro de projetos sênior do setor de Engenharia e Desenvolvimento de Açúcar e Etanol da Dedini.

O programa Sorgo Energético da Embrapa Milho e Sorgoo estuda a produção de etanol de primeira e segunda geração através do bagaço de cana e do bagaço do sorgo. “Temos um outro tipo de sorgo sem açúcar e sem caldo que produz 50 a 60 toneladas de matéria seca por ha por isso é muito importante para cogeração. Para produção do etanol de segunda geração temos três tipos de culturas promissoras no país: cana, capim elefante e sorgo”, lembra o pesquisador Robert Schaffert da Embrapa Milho e Sorgo.

O grande desafio do cereal está na questão da adaptação a esse tipo de cultura, diferente da cana. Uma das grandes vantagens apontadas por pesquisadores é que o sorgo consome 1/3 da quantidade de água utilizada pela cana, além de gerar economia no plantio, boa produtividade e o ciclo curto de apenas 120 dias. “A gramínea tem um ciclo definido, suporta solos argilosos e apresenta bons resultados em solos arenosos. Basta que a usina se adapte a cultura de cereal, já que a semente tem menos de dois milímetros. É uma planta única que não perfilha mas o solo deve ser bem preparado, sistematizado e plantado em uma profundidade de 2,5 cm”, afirma Marcílio Gurgel.

Para se plantar 1 milhão de ha é preciso 100 mil toneladas de sementes. Por isso, o objetivo é lançar híbridos porém apresentam redução de açúcar. “Algumas empresas estão elaborando híbridos experimentais para facilitar a produção de sementes. No final dos experimentos o setor poderá escolher entre um grupo de 10 melhores variedades para se plantar com cana”, acredita Robert Schaffert.

Confira matéria completa na edição 200 do JornalCana.

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