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Soja, milho e leite contra o àlcool

Anote aí: a partir de agora vai estar no noticiário um enorme debate sobre as dificuldades da produção de alimentos provocadas pelo aumento dos preços das commodities milho, soja leite e carne contra o álcool do Brasil que os empresários e especialistas imaginaram como a solução para a crise do petróleo no mundo. Alguns deles até imaginando que o álcool poderia liderar o futuro dos combustíveis numa nova matriz energética mundial.

Já se sabe que o etanol, no máximo, vai ajudar a retardar o fim do uso do petróleo. E que, se o mundo entendesse de produzir cana-de-açúcar e milho para afazer álcool não iria faltar só comida não. Iria faltar terra mesmo para se plantar num volume que abastecesse o mundo. Não que o etanol não tenha, no futuro, um lugar na matriz. Tanto que países como Japão, Alemanha e Estados Unidos programam usá-los. O problema é que sem antes reorganizar a produção de alimentos à base das commodities alimentares, o etanol que ecologistas elogiam tem menos chance de ser, no futuro próximo, um combustível de classe mundial.

Pois bem. Na semana passada, entraram em campo – contra o aumento dessas matérias-primas – as gigantes dos alimentos. E quando se juntam Nestlé, Danone, Mars, Pepsico, Heineken e Kellogg”s com um discurso de que, sem milho, carne, leite e soja com preços acessíveis, o mundo não agüenta muito tempo e a coisa pega. De início dizem: vamos adiar a conversa de usar 10% de etanol nos carros da Europa. Claro que tudo tem a ver com a subida do petróleo, mas alguém acha que antes dele baixar, o álcool seja de milho americano, seja de cana-de-açúcar produzida no Brasil não vai pagar a conta

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