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Sócia da Cosan, Shell compra a BG. Irá focar o petróleo?

Os acionistas da britânica BG Group decidem nesta quinta-feira (28/01) se aprovam ou não. Mas é quase certo que darão sinal verde para a venda da companhia petrolífera com sede em Reading, nos arredores de Londres, para a anglo-holandesa Shell.

Será o primeiro grande negócio de 2016 envolvendo dois gigantes. O valor da transação é estimado em US$ 50 bilhões. Mas o que tem o setor sucroenergético brasileiro a ver com essa compra e venda, se o foco da BG é o petróleo?

shellO impacto no setor virá logo primeiro em termos corporativos. A Shell é sócia da companhia sucroenergética Cosan, do Grupo Ometto, na joint-venture Raízen.

No último trimestre de 2015, o jornal Valor divulgou que a Shell possuía tendência de adquiria a parte da Cosan na Raízen. Rubens Ometto, presidente do Conselho de Administração da Cosan, desmentiu essa informação para o Portal JornalCana, durante evento na capital paulista.

O assunto sobre a Raízen deixou de ser comentado, mas agora, com a investida da Shell na BG, é de se questionar: a companhia anglo-holandesa pretende investir no universo petrolífero, setor que a adquirida tem expertise de sobra?

No mais, sempre é bom lembrar que a BG surgiu em 1997 quando a British Gas procedeu à cisão parcial da Centrica e assumiu a denominação BG.

Sabe que é a British Gas? A mesma companhia inglesa que adquiriu o controle da então estatal Comgás, do governo do estado de São Paulo, e que depois vendeu o mesmo controle para a Cosan.

Melhor dizendo: em 2012, a Cosan adquiriu do Grupo BG 60,1% do capital social da Comgás.

Atualmente, entre os acionistas da Comgás estão, além da Cosan, a própria Shell.

Saiba mais sobre a compra da BG Group

Na quarta-feira (27/01), os acionistas da empresa aprovaram a aquisição do BG Group e encaminharam resolução para a implementar a transação, que foi fechada em torno de US$ 50 bilhões.

A conclusão do acordo, que deve se tornar o maior do setor de óleo e gás nos últimos dez anos, depende apenas da aprovação por parte dos acionistas da BG, que se reunirão em assembleia nesta quinta-feira (28).

Após meses de espera, a expectativa das companhias é de que a compra seja oficializada em fevereiro, com sanção por parte do Superior Tribunal de Justiça britânico.

O acordo vem tramitando em órgãos competentes desde abril do ano passado, quando foi anunciado pelas empresas, e recentemente recebeu aprovação final por parte da União Europeia.

A aprovação entre os acionistas da Shell foi de 83%.

A compra da BG integra o planejamento a longo prazo da Shell, que busca reestruturar suas operações e aposta no retorno financeiro dos ativos adquiridos. Entre eles estão projetos produtivos na costa brasileira, como participações em blocos do pré-sal.

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