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Shree Renuka reverte perda e volta ao azul

A indiana Shree Renuka Sugars, uma das principais companhias produtoras de açúcar da Índia, com atuação no Brasil, divulgou ontem que obteve lucro líquido de 77 milhões de rúpias indianas (US$ 1,456 milhão) no trimestre encerrado em 30 de setembro, revertendo o prejuízo de 573 milhões de rúpias (US$ 10,839 milhões) em igual trimestre do ano passado.

A maior utilização das refinarias de açúcar na Índia e o avanço da moagem de cana nas unidades da empresa no Brasil foram decisivas para o melhor resultado, segundo explicou a investidores Narendra Murkumbi, CEO da companhia.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa, com capital aberto na bolsa de Mumbai, cresceu 85,2%, para 1,128 bilhão de rúpias (US$ 21,337 milhões). A margem Ebitda subiu para 9,7%, ante os 5,4% de igual trimestre de 2011.

A receita líquida avançou 2,5%, para 11,648 bilhões de rúpias (US$ 220,334 milhões). “As unidades brasileiras estão registrando bom ritmo de moagem e produtividade agrícola maior. Até agora, a produtividade da Renuka do Brasil (com duas usinas em São Paulo) atingiu 67 toneladas por hectare, ante 60 toneladas do ano passado”, disse Murkumbi.

No trimestre, as quatro usinas brasileiras da companhia produziram 379 mil toneladas de açúcar, 31% acima das 289 mil toneladas de mesmo trimestre de 2011. “A companhia tem destinado 63% do caldo da cana para produção de açúcar, em virtude da maior rentabilidade do que o etanol”, disse o executivo em comunicado.

Ao todo, as usinas brasileiras (duas em São Paulo e duas no Paraná) processaram 4,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no período, 139% acima do realizado no trimestre anterior e 27% acima de igual intervalo do ano passado. O Açúcar Total Recuperável (ATR), que mede a quantidade de açúcares contido na cana, avançou no trimestre para 136 quilos por tonelada, ante os 116 quilos do trimestre anterior. A produção de etanol no período foi de 136 milhões de litros, 15% de crescimento em relação a igual intervalo do ano passado. Do total produzido, 92% foram de anidro, segundo informou a companhia indiana.

A companhia indiana teve faturamento global de US$ 1,2 bilhão no ano fiscal encerrado em 31 de março deste ano. Tem capacidade total (no Brasil e na Índia) para processar 20 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, dos quais 13,6 milhões estão distribuídas em quatro usinas no Brasil.

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