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Setor terá “pacote” de cana transgênica até o final da década

Renato Anselmi, de Campinas, SP 

Federico Tripodi, diretor comercial de cana-de-açúcar da Monsanto

O setor sucroenergético brasileiro continua fazendo a sua parte e não para de anunciar novidades, mesmo enfrentando um momento de instabilidades e incertezas – algumas delas geradas inclusive pela falta de políticas públicas. Após comemorar grandes conquistas no desenvolvimento do etanol 2G – a primeira planta industrial, para a fabricação deste produto, está prestes a ser inaugurada pela GranBio –, o setor já começa a celebrar os avanços na obtenção da cana transgênica.

Existem boas novidades nessa área também. O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) está programando para 2017 o lançamento de sua primeira variedade de cana transgênica, que será resistente à broca (Diatraea saccharalis) – denominada de cana BT –, segundo informações de Jorge Luis Donzelli, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa.

Além disso, o CTC realiza estudos e experimentos para o desenvolvimento da cana transgênica resistente à seca. “A expectativa é de que essa variedade esteja no mercado em 2019”, afirma. Trabalhos com plantas resistentes a herbicidas e com maior concentração de açúcar também estão sendo realizados pela empresa.

A Monsanto – detentora da marca CanaVialis – pretende disponibilizar para o mercado, até o final da década, a sua cana geneticamente modificada que vai oferecer proteção contra a broca da cana, combinada com a tolerância ao herbicida glifosato (tecnologia Roundup Ready), melhorando assim o controle de plantas daninhas na cultura por meio da biotecnologia, revela Federico Tripodi, diretor comercial de cana-de-açúcar da empresa.

“Ao mitigar a pressão das pragas, assim como as infestações de plantas daninhas, a cana transgênica pode aumentar a produtividade e diminuir custos de produção para as usinas”, observa. Essas variedades transgênicas aumentam a sustentabilidade na produção da cana, ressalta o diretor da Monsanto.

Outras empresas e instituições também desenvolvem pesquisas nessa área, como a Syngenta, Embrapa Agroenergia e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que integra a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa). A biotecnologia pode, por meio da transgenia, introduzir genes que aumentem o teor de açúcar, por exemplo, e gerar ganhos em produtividade com a utilização da mesma área, destaca Monalisa Sampaio Carneiro, pesquisadora do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA), da UFSCar.

Confira matéria completa na Edição 242 do JornalCana.

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