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Setor supera a crise e cresce em 10 anos

O Brasil vai se tornar uma grande potência agrícola em 10 anos, segundo analistas de mercado e representantes do setor. Responsável por 31% do Produto Interno Bruto (PIB) do País e 37,6% das exportações nacional, o agronegócio vive hoje um momento de dificuldades financeiras para os principais grãos, mas desponta com boas margens de lucros para o café, o setor sucroalcooleiro e o de laranja. Para analistas, a crise será superada em breve e, por isso, o produtor tem muito o que comemorar hoje, no Dia do Agricultor.

“Nos últimos anos o produtor investiu em tecnologia e estratégias de comercialização. Agora, precisa investir em gestão empresarial”, avalia Marcelo Prado, sócio da MPrado Consultoria Empresarial e Associados. Para ele, o setor é extremamente competitivo, mas precisa criar uma maior estabilidade econômica. “Dobrar todo ano a área cultivada não é auto-sustentável. É preciso crescer com os pés no chão”, argumenta. Outra mudança importante para o setor, na avaliação de Prado, é a terceirização dos serviços, que reduz os custos. Segundo ele, nos Estados Unidos e na Argentina, 70% dos serviços são terceirizados. No Brasil, apenas 22%.

“Passado esse período de transição, continuaremos sendo competitivos e o agronegócio continuará a ser relevante para o Brasil”, avalia Ivan Wedekin, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Projeções da Agroconsult indicam que em 2015 o País será o maior produtor mundial de soja, com 100 milhões de toneladas. “O Brasil é o único que tem condições de aumentar a área, além da produtividade”, avalia Douglas Nakazoni. Ele vê também boas condições para o milho, algodão, carnes, café e o setor sucro-alcooleiro. “Se conseguimos ser competitivos sem condições, imagina com investimento”, diz Homero Alves Pereira, vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Ele refere-se ao fato de o produtor brasileiro conseguir bons índices de produtividade, sem muitos recursos oficiais, além da falta de investimentos em sanidade e infra-estrutura. Para ele, é preciso que o produtor saiba se programar para períodos de crise.

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