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Setor sucroenergético pode sofrer reviravolta

Para o setor sucroalcooleiro o dólar mais forte gerou consequências imediatas na queda da cotação do açúcar no mercado internacional. De acordo com dados da Archer Consulting – empresa especializada em gestão de risco para commodities agrícolas -, com o dólar cotado a R$ 1,90, o custo de produção despencaria para 18,85 centavos de dólar por libra-peso FOB Santos, sem custo financeiro.”

O dólar mais forte estimula a exportação e pode virar o mix, ou pelo menos a perspectiva de mix, para a próxima safra”, avalia Arnaldo Corrêa, gestor de riscos da Archert Consulting.

Segundo ele, essa situação ainda pode encarecer o preço de importação da gasolina, incentivando o pagamento de maior preço para o etanol anidro. Além disso, se o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) se confirmar sobre a safra americana de milho – “especula-se uma safra ´altista´ (preços mais altos)” -, o etanol brasileiro ficará extremamente competitivo.

Já o mercado de açúcar foi profundamente afetado pelo cenário macroeconômico, tendo sido influenciado pelos problemas na Europa, pelas considerações do banco central americano (FED) sobre os riscos da economia americana e pela discutível desaceleração da economia chinesa.”

As medidas do FED para estimular a economia americana, vendendo títulos de curto prazo e comprando títulos de longo prazo, reduziram os juros de longo prazo (dos financiamentos imobiliários) e sinalizaram juros mais altos no curto prazo. Com isso, as commodities se desvalorizaram fortemente juntamente com outros ativos de maior risco”, explica Arnaldo.

O açúcar lidera na desvalorização entre todas as commodities, com queda de impressionantes 20,4% no mês.

As informações são da Archer.

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