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Setor sucroenergético não terá movimentos expansionistas até 2017, diz Copersucar

O presidente do Conselho Administrativo da Copersucar S.A., Luís Roberto Pogetti avaliou nesta terça-feira, 21, que o setor sucroenergético brasileiro não terá o esperado movimento expansionista ao menos até 2017.

Segundo ele, o longo período de crise do setor e o crédito restrito serão fatores limitantes para a retomada dos investimentos. “Não é um ano de cenário mais positivo como este que fará com que o setor coloque a casa em ordem. Há uma limitação relevante de crédito e para os que estão com a casa em ordem não enxergo apetite nesse momento”, disse. “Além disso, não há uma política pública de longo prazo clara para o etanol”, completou.

Já Paulo Roberto de Souza, diretor presidente da Copersucar avaliou que o movimento neste período será de recuperação de margem para usinas, com o cenário positivo no mercado internacional, o que também sustentará o etanol.

A Copersucar S.A. é comandada por 20 grupos sucroenergéticos com um processamento de 93 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Na safra passada, eram 23 grupos com uma oferta de 95 milhões de toneladas de cana. Deixaram a companhia os grupos GVO, Rio Verde e Usina Batatais.

Para a safra 2016/17, a Copersucar estima uma moagem de 620 milhões de toneladas de cana no Centro-Sul. Diferentemente da safra passada, a expectativa é de moagem de toda oferta, sem que haja cana deixada no campo para a safra 2017/18.

A companhia espera que no próximo período o processamento de cana tenha uma redução no Centro-Sul. “A oferta menor de cana no início do próximo período será ajudada pelo canavial envelhecido, com uma média 3,6 anos de idade enquanto o ideal é 3 anos e por uma taxa de renovação de 10% enquanto o ideal é de 18%”, explicou Souza.

Denúncias de Cerveró sobre Copersucar são infundadas, diz presidente da empresa

O presidente do Conselho de Administração da Copersucar, Luís Roberto Pogetti, refutou nesta terça-feira, 21, as denúncias feitas em delação premiada pelo ex-diretor de Internacional da Petrobras e da BR Distribuidora Nestor Cerveró, de que o ex-ministro e ex-presidente da Petrobras Biocombustível Miguel Rossetto fez lobby para que a companhia se tornasse a única vendedora de etanol para a estatal.

No depoimento, Cerveró disse ainda que a Copersucar controlaria o pagamento de propinas no negócio. “Isso é absolutamente infundado. A Copersucar vende para todo o mercado mundial, inclusive para a BR, e nunca fez pagamentos de nada além para vender. Essa é a postura clara e cristalina”, disse Pogetti em uma conversa com jornalistas após a divulgação do balanço da companhia. Há duas semanas, após a divulgação das denúncias, a companhia divulgou uma nota na qual informava manter “relacionamento comercial com diversas distribuidoras no Brasil, dentre elas a BR Distribuidora, sempre na mais estrita observância da legislação brasileira”.

Fonte: (Estadão Conteúdo)

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