O setor sucroenergético da Bolívia registra problemas financeiras semelhantes aos registrados pelo setor sucroenergético brasileiro.
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Por conta de condições climáticas adversas, que afetam a produção agrícola, e por um endividamento financeiro junto a bancos cada vez mais intenso, as usinas bolivianas, em sua maioria, enfrentam sérios problemas para entrar na safra 2015.
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É o caso da Indústrias Agrícolas de Bermejo S/A (Iabsa), uma das unidades produtoras de açúcar localizada próxima da fronteira com a Argentina. Depois de tentar negociar com credores, e de pedir R$ 10 milhões ao governo da Bolívia para reduzir suas despesas e refinanciar dívidas, não houve saída e a safra deste ano corre risco de não ser realizada.
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Ainda há tempo de o setor canavieiro de Bermejo voltar atrás e a safra ser realizada. Dependerá, basicamente, de acertos financeiros. O problema é que a produção agrícola está afetada e industrialmente não foram feitos investimentos para garantir ganhos de produtividade.
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Sendo assim, a safra 2015 da Bolívia começa sem uma unidade que moi em média 700 mil toneladas de cana e gera produção entre 1,3 e 1,4 milhões de toneladas de açúcar por safra.