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Setor sucroalcooleiro já reage sobre equívocos do GNV

“O programa do GNN (Gás Natural Veicular) é equivocado e pretende oferecer ao País um combustível fóssil, subsidiado e importado, sem comprometimento ambiental e com a geração de empregos”. A afirmação é do empresário Maurílio Biagi Filho, da Cia. Energética Santa Elisa, instalada em Sertãozinho (SP), e conselheiro da Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo).

Além disso, Biagi Filho alerta que o GNV, com uma frota de mais de 600 mil veículos, já compromete a produção de 1,2 bilhão de litros de álcool. Ele acrescenta que, ao contrário do GNV, “álcool é resultado de um programa nacional gerador de renda e empregos e encabeçando uma toda uma cadeia produtiva que vai de plantadores de cana, trabalhadores rurais até fornecedores dos mais distintos setores da economia”.

Para o presidente da Única, Eduardo Pereira de Carvalho, “é claro que não se pode ignorar ou deixar de estimular novas fontes de energia, sendo salutar que o País desenvolva o Programa de Incentivo as Fontes Alternativas de Energia (Proinfa), no qual se inclui a co-geração de energia elétrica a partir da biomassa, e que se desenhe uma política de utilização do gás natural de suas reservas e do contrato firmado com a Bolívia”. Ele acrescenta, entretanto, que “o que não se pode admitir é que se suje a nossa matriz energética. Preocupa a política em relação ao gás natural: vocacionado para substituir o óleo combustível e o diesel na indústria e no transporte pesado, ele vem sendo desviado para a utilização em veículos leves, com preços artificiais e tratamento tributário privilegiado, injustificável para combustível fóssil”.

Um documento alertando os governo sobre os equívocos do programa GNV já foi enviado ao governo, e alerta para discrepâncias na política de implantação do GVN que vão da tecnologia sendo implantada às questões tributárias, como a não incidência da Cide (Contribuição de Intervenção no Direito Econômico) e menor alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em relação ao que recai sobre o álcool. O mesmo documento não discute o GVN como opção de combustível para o País, mas sim os benefícios alinhavados, em detrimento do álcool, para a implantação do programa em todo território nacional.

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