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Setor sucroalcooleiro gerou 74% das vagas de janeiro a março

O nível de emprego na indústria de transformação paulista cresceu 0,84% em março, ante avanço de 1,04% em fevereiro, segundo dados divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A taxa representa aumento de 18 mil postos de trabalho.

O setor que mais abriu vagas no mês passado foi o de fabricação de coques, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool (11,4%). Na ponta contrária, a maior queda foi verificada no setor de edição, impressão e reprodução de gravações (–1,10%).

No trimestre, o número de postos de trabalho aumentou 2,73%, ou 57 mil vagas, e no acumulado dos últimos 12 meses, a expansão foi de 1,47%, taxa que representa 32 mil novos postos de trabalho.

Em março, dos 21 segmentos da indústria de transformação pesquisados pela Fiesp, 16 registraram aumento de vagas de emprego, dois ficaram estáveis e três apresentaram queda. “Foi um desempenho muito bom, se considerarmos o resultado do mesmo mês do ano passado”, disse o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini. No mesmo período de 2006, 12 setores abriram mais vagas, dois se mantiveram estáveis e sete tiveram retração.

No mês passado, o principal responsável pela geração de novos empregos foi o setor sucroalcooleiro, que respondeu por 11,5 mil vagas, das 18 mil geradas. Segundo Francini, o volume reflete o crescimento da área plantada de cana-de-açúcar devido ao aumento da demanda por álcool combustível. “O setor é dividido em três etapas: plantio, colheita e usinagem, sendo que o campo representa a maior parte das vagas de trabalho”, destaca. Vale lembrar que um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) projeta alta de 7% na colheita de cana-de-açúcar em 2007.

Da mesma forma, a expansão do setor influenciou o resultado do primeiro trimestre deste ano, quando das 57 mil vagas criadas, 74% representavam novos empregos em plantações e usinas de cana. A elevação de novas vagas no setor sucroalcooleiro também impactou o resultado do segmento de fabricação de produtos alimentícios e bebidas, isso porque a cana-de-açúcar é matéria-prima para vários itens, com destaque para a produção de açúcar refinado.

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