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Setor organiza campanha sobre queima da palha da cana

A queima da palha da cana-de-açúcar faz ou não mal à saúde? A resposta a esta pergunta continua uma dúvida para a sociedade, segundo agricultores e diretores de entidades ligadas a fábricas de açúcar e de álcool. Reunidos durante a manhã e tarde de hoje em Ribeirão Preto, no interior paulista, eles decidiram criar uma campanha com explicações sobre a prática da queimada.

O emprego do fogo nos canaviais continuará sendo permitido até meados de 2030, conforme legislação estadual em fase de regulamentação pelo governador Geraldo Alckmin. A campanha a ser lançada pelos produtores terá por objetivo antecipar-se a possíveis reações contrárias por parte de segmentos da sociedade civil.

O formato da campanha não está definido, nem a data em que será implementada. Conforme os cerca de 30 integrantes da Câmara Ambiental do Setor Sucroalcooleiro, reunidos no auditório da regional do Departamento de Estradas de Rodagem – DER, o trabalho de divulgação deverá, também, ocorrer por meio de dois simpósios técnicos.

O engenheiro agrônomo Oswaldo Alonso, gerente da Divisão Técnica da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo -Canaoeste, sugere que um dos simpósios seja realizado pela Sociedade dos Técnicos Açucareiros do Brasil – STAB. Segundo ele, o evento pode ser em Sertãozinho, no interior paulista, onde, em junho, entre os dias 17 a 21, será promovida a primeira versão de feira internacional agrícola, denominada Agrocana.

Ribeirão Preto também pode sediar outro dos simpósios durante a Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação – Agrishow, que costuma ser realizada no final do mês de abril nas dependências da Estação Experimental do Instituto de Agronomia de Campinas – IAC.

As datas dos eventos deverão ser novamente discutidas na próxima reunião da Câmara Ambiental, previamente agendada para o final de fevereiro de 2003. Caio Carvalho, assessor da União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo – Unica, coordenou os trabalhos da plenária de ontem do grupo. Ele representou o presidente da entidade, Eduardo Pereira de Carvalho, que também foi indicado para presidir a Câmara, criada em outubro último pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – Cetesb.

Embora com sede em Ribeirão Preto, a Câmara tem abrangência em todo o estado de São Paulo. Hoje foi realizada a terceira reunião formal desde a instituição da entidade. Conforme os integrantes, serão realizados encontros mensais entre os participantes dos quatro grupos setoriais criados pela Câmara. As plenárias, com decisão dos integrantes sobre temas discutidos, serão a cada três meses.

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