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Setor de cana-de-açúcar garante contratações no interior paulista

O interior do estado foi o principal responsável pelo aumento no mês de maio do emprego na indústria de transformação paulista. Nesse período, segundo o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), foram criadas 11.728 vagas, alta de 0,54% em relação a abril. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor registrou crescimento de 2,02%, o que representa 42.399 novos postos de trabalho. Já no período entre janeiro e maio de 2007 foram geradas 88.163 empregos.

O setor de cana-de-açúcar garantiu o desempenho superior do interior de São Paulo, onde a expansão foi de 0,91% na comparação com abril, e 7,24% no acumulado do ano. A região metropolitana apresentou queda de 0,13% ao longo de 2007, mas em maio ocorreu elevação de 0,02%. “O desempenho reflete uma acomodação natural depois de um mês que foi o melhor dos últimos anos”, avaliou o economista chefe do Ciesp, Carlos Cavalcanti, numa referência ao crescimento de 2,25% apurado em abril. Segundo ele, a projeção de expansão do emprego neste ano, estimada em torno de 1,2% a 1,8%, está defasada. “Acho que os números ficarão acima dos 2%”, observou.

Entre os setores que tiveram o melhor desempenho estão o de produtos alimentares (1,82%), material de transporte (1,41%) e máquinas e equipamentos (1,49%). Por outro lado, apresentaram queda os segmentos de confecção de artigos do vestuário (-0,70%), edição, impressão, reprodução e gravação (-0,92%) e couros e artigos de viagem (-2,42%).

A valorização cambial não diminuiu o número de contratações em indústrias afetadas pelo dólar baixo. Embora tenha registrado um recuo de 0,75% no mês passado, o setor calçadista apresenta variação positiva de 4,89% nos cinco primeiros meses do ano. O segmento de produtos têxteis também apresentou indicadores favoráveis, com alta de 0,52% no mês passado e 2,72% em 2007.

Cavalcanti afirma que esse aumento se refere ao aquecimento do mercado doméstico e à estratégia dos exportadores de buscar alternativas para concorrer com a China. “As empresas buscam espaços específicos no exterior, com produtos de maior valor agregado e o setor está focado nos consumidores de bens de consumo duráveis e não-duráveis do mercado interno”.

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