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Setor de biocombustível crescerá de 7% a 9% até 2030, prevê AIE

A Agência Internacional de Energia (AIE) avaliou que os biocombustíveis terão uma contribuição significativa no setor de energia para transporte terrestre até 2030, com a produção crescendo até 9% ao ano, de acordo com o relatório “Perspectiva para Energia Mundial divulgado hoje pela agência de aconselhamento da Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Econômica, com sede em Paris.

A AIE previu que os maiores aumentos no consumo do biocombustível ocorrerão na Europa e nos Estados Unidos. A agência afirmou que a Europa superará o Brasil como a segunda maior região consumidora até o fim da década e pode até superar os EUA – os maiores usuários de biocombustíveis – até 2030. Segundo a AIE, o interesse pelo biocombustível tem crescido por razões de segurança, econômicas e ambientais. Biocombustíveis são combustíveis para transporte derivados de biomassa.

A produção global de etanol atingiu 17,1 milhões de toneladas métricas de energia equivalente em 2005, quase o dobro da produção de 2000, refletindo a produção de etanol de cana-de-açúcar pelo Brasil e de etanol de milho pelos EUA. A produção de biodiesel totalizou 2,9 milhões de toneladas de energia equivalente em 2005, produzida principalmente na União Européia a partir de óleos vegetais.

Cenários

A agência toma dois cenários como base para suas projeções. O primeiro cenário de referência considera a ausência de novas medidas governamentais, enquanto o outro cenário alternativo prevê a adoção de medidas concretas pelos governos para combater as mudanças climáticas.

Com base no cenário de referência, a agência trabalha com a previsão de crescimento da produção global de biocombustível de 20 milhões de toneladas equivalentes para 92 milhões de toneladas de energia equivalente até 2030, o que sugere uma média de expansão de 7%. Com esse cenário, o biocombustível representaria 4% da demanda mundial por combustível terrestre até 2030, do nível atual de 1%.

No entanto, o cenário alternativo elevaria a expansão da produção de biocombustível em um ritmo mais acelerado, de 9% ao ano, para 147 milhões de toneladas de energia equivalente até 2030. “O etanol deve responder pela maior parte desse crescimento do uso, na medida em que o custo da produção deve cair em um ritmo mais acelerado do que o de outros biocombustíveis”, ponderou a AIE. As informações são da Dow Jones.

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