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Setor aguarda regras do Proinfa para expandir cogeração

A demora para definição do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas prejudica a expansão da cogeração nas usinas de açúcar e álcool. Segundo o responsável pela área de cogeração da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Onório Kitayama, o empresário não consegue avaliar a atratividade sem saber as condições de financiamento e remuneração.

“Esse ponto prejudica a decisão empresarial para a cogeração. Na área de açúcar e álcool, ele tem todas as informações necessárias e continua investindo”, explica. Ele conta que a Unica faz um trabalho de conscientização com os usineiros mostrando os benefícios desse investimento, como o aumento da competitividade.

“Temos conseguido convencer os empresários nos últimos meses. Ressaltamos que o setor canavieiro não pode ficar de fora”, informa. Ele, entretanto, diz que a demora do Proinfa pode comprometer a credibilidade do programa, já que as dúvidas e as retrições do empresariado canavieira com o setor são grandes.

A entidade acredita que o segmento de biomassa atingirá a cota de 1.100 MW do Proinfa. O representante da Unica informa que só o estado de São Paulo poderá ter 1.000 MW em projetos, sendo que 30% seria para auto-consumo. Além do Proinfa, a entidade destaca a importância de criar um mecanismo para incentivar a cogeração de energia elétrica.

Segundo Onório Kitayama, o governo deve avaliar se explorar esse potencial é bom para o usineiro ou para o país. Ele cita que a safra da cana-de-açúcar coincide com o período de poucas chuvas no país, o que melhoraria o fluxo de energia. Além disso, a proximidade desse potencial de cogeração no estado com maior consumo de energia do país é mais uma vantagem.

Sobre as recentes mudanças no programa, Kitayama não considera ideal a política estabelecida pelo Ministério de Minas e Energia que aumentou o prazo de contratação para reduzir o impacto da tarifa. “O valor maior nesse primeiro momento atrairia mais o empresariado”, comenta.

Para o representante da Unica, essa estratégia seria melhor numa segunda fase do programa, com as regras consolidadas. “O prazo maior não é uma vantagem”, afirma. Ele diz que a atração de usinas viabilizaria a contratação de máquinas, trazendo uma redução dos custos. Onório Kitayama fez questão de ressaltar que esses pontos vistas são detalhes, já que o fundamental é a operacionalização do Proinfa.

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