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Senador sugere exploração de energia renovável

Citando trecho da carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal – “em se plantando, nesta terra tudo dá” -, o senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) sugeriu que o Brasil explore sua vocação natural, a energia renovável, por meio da biomassa, do álcool e do biodiesel. Eduardo referiu-se a palestra do cientista Batista Vidal sobre o biodiesel, que pode ser extraído da babaçu e da mamona, e disse não saber por que o governo insiste na idéia de construir uma terceira usina nuclear e mais refinarias de petróleo.

“Além da biodiversidade, temos vastas extensões de terras planas e férteis, que nos levam a constatar que o Brasil é a terra mais rica do planeta. Somos imbatíveis nessa área e deveríamos ser os maiores exportadores mundiais em tudo”, afirmou.

O senador João Capiberibe (PSB-AP) disse em aparte que o Brasil é uma potência ambiental: “Somos exportadores de natureza, de matéria-prima”. Ele assinalou que o país foi o maior exportador de café do mundo, mas são os italianos que fabricam as melhores cafeteiras; que o Brasil foi o maior exportador de cacau, mas o melhor chocolate é feito pelos suíços, que não plantam um pé de cacau sequer. Para ele, o problema é que “não rompemos o cordão umbilical na relação com os países do centro. Trocamos nossa natureza pela exclusão”.

O senador Alberto Silva (PMDB-PI) lembrou que, quando presidiu a Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU), o cientista Batista Vidal era um de seus assessores e já naquela época defendia um projeto de biomassa como fonte de energia. Alberto Silva sugeriu que o governo federal adote, no programa de reforma agrária, a meta de plantar cinco milhões de hectares com mamona e feijão. Segundo ele, cada hectare assim plantado gera um emprego com salário de R$ 500 por mês. Eduardo também manifestou temor em relação ao futuro da Amazônia.

“Estamos diante de uma ameaça muito grande. A Rússia agora se recusa a assinar o Protocolo de Kyoto. Está na hora de o Brasil acordar para a produção de energia renovável”, insistiu.

Ele comentou ainda que, com a manutenção da alíquota de 27,5% no Imposto de Renda, “estamos condenando a classe média a pagar mais imposto de renda. O cenário não é bom. O pobre está condenado a não consumir para não aumentar a inflação”, concluiu.

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