Foi instalada nesta quarta-feira (12), a comissão especial para avaliar políticas públicas e projetos envolvendo hidrogênio verde, com o objetivo de fomentar o seu uso como fonte de geração de energia limpa no Brasil.
O colegiado funcionará no âmbito da Comissão de Meio Ambiente. Os trabalhos devem durar dois anos, com sete titulares e três suplentes. O senador Cid Gomes (PDT-CE) foi escolhido presidente da Comissão do Hidrogênio Verde. O relator será o senador Otto Alencar (PSD-BA) e o senador Marcos Pontes (PL-SP) como subrelator.
Presente à reunião que resultado na criação da comissão, representantes da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) solicitaram ajuda aos senadores para considerarem a matriz energética oriunda da cana-de-açúcar, lembrando que já que está em estudo a viabilidade da produção de hidrogênio à partir do etanol.
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“A comissão evita o equívoco de não pautar o hidrogênio verde a partir da cana e as tecnologias relacionadas que deveremos estar usando nos próximos anos, promovendo grande revolução na transição energética mundial“, diz José Severo, assessor técnico da Feplana.
Paulo Leal, presidente da Feplana, endossa posição ao dizer que, como o hidrogênio verde a partir da cana poderá ser extraído direto do etanol e do biogás, ele será a tecnologia mais próxima de acontecer. Tais circuitos de produção já estão adiantados.
A transformação ocorre numa célula de combustível instalada no próprio carro, ou seja, o carro elétrico que será abastecido com álcool. Um componente que extrai o hidrogênio contido na molécula do etanol. E um reator que converte o hidrogênio em eletricidade para alimentar o motor. O mesmo pode ser feito via o biogás.
A comissão analisou o plano de trabalho e os parlamentares sugeriram alterações ao documento, que deverá ser aprovado na próxima reunião do grupo, prevista para o dia 19 de abril.