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Seminário discute barragem, pivô e gotejamento subterrâneo

As novas modalidades de manejo da vinhaça, a tecnologia de armazenamento de água, o pivô circular e lateral móvel, o gotejamento subterrâneo foram alguns temas em destaque no 2º Seminário Alagoano de Irrigação da Cana-de-Açúcar, realizado nos dias 18 e 19 de abril em Maceió, AL, pelo Comitê de Irrigação da Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil (Stab Regional Leste). O evento reuniu 360 participantes, incluindo representantes de unidades produtoras do Nordeste e de outros Estados brasileiros, como Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Houve também a discussão da necessidade de aumentar a geração de energia para reduzir custos dos projetos de irrigação. “Às vezes, a energia da concessionária apresenta preço elevado. É preciso cogerar para baratear os projetos da usina e também vender energia”, afirma Cândido Carnaúba Mota, presidente da Stab Leste.

“Durante o seminário, ficou demonstrada a importância de aumentar a construção de barragens para armazenar água entre maio e agosto, período bastante chuvoso, para suprir a carência de água nos meses mais secos, como novembro e dezembro”, avalia Cândido Carnaúba. Debates sobre respostas econômicas da cultura da cana-de-açúcar à irrigação com pivô e gotejamento, no Nordeste, também fizeram parte da programação. Segundo o presidente da Stab Leste, o pivô possibilita a obtenção de bons resultados com a aplicação de 300 a 350 milímetros de lâmina de irrigação por ciclo. “A irrigação com esse equipamento, associada ao manejo varietal adequado, tem proporcionado produtividade de até 110 toneladas por hectare”, enfatiza.

O uso do sistema de gotejamento subterrâneo, para irrigação plena, está despertando cada vez mais o interesse de unidades produtoras nordestinas. Apesar de ter um valor mais elevado na implantação em relação a outras tecnologias, esse sistema acaba apresentando uma boa relação custo-benefício devido à produtividade da cana em tonelada por hectare (tc/ha). “Em Alagoas, esse sistema está possibilitando um rendimento médio entre 120 e 130 toneladas. Mas, a Usina Coruripe já obteve 150 tc/ha”, diz Cândido Carnaúba. Segundo ele, diversas unidades estão utilizando o gotejamento em áreas pequenas, na maioria dos casos, para a avaliação de eficiência e custo. “A Porto Rico possui 80 hectares com esse sistema; a Santa Clotilde, 300 hectares, e a Coruripe terá 1.200 hectares com a ampliação da área de gotejamento”, informa.

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