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Segunda geração, longe de concorrer com a cana

A demanda dos Estados Unidos por biocombustível avançado – que emite no mínimo 50% menos gases de efeito estufa que a gasolina – sairá dos atuais 1,9 bilhão de litros para atingir 6,6 bilhões de litros no ano que vem. Até agora, apenas o etanol de cana-de-açúcar vem atendendo a essa demanda, por ser o único a ter sido enquadrado nessa categoria pela Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA, na sigla em inglês).

Para o presidente da consultoria Datagro, Plínio Nastari, a produção brasileira de etanol não conseguirá atender a essa demanda em 2013. “Portanto, dificilmente haverá biocombustível avançado suficiente para atender essa meta. Pelas regras atuais, o EPA pode fazer um remanejamento ou reduzir as metas. Mas, o fato é que a demanda é crescente”, afirma Nastari.

Em 2014, o mandato americano para biocombustíveis avançados saltará para 7,6 bilhões de litros e, no ano seguinte, para 9,6 bilhões de litros, até atingir em 2022 a marca de 18,9 bilhões de litros.

O diretor-executivo do Centro para a Agricultura e Desenvolvimento (Card, na sigla em inglês) da Universidade de Iowa, Bruce Babcock, explica que a primeira planta de etanol celulósico dos Estados Unidos está sendo construída agora e que o biocombustível de segunda geração deve estar disponível em algum momento do fim de 2013.

“O volume inicial dessas plantas serão de longe abaixo dos níveis especificados no mandato de combustíveis renováveis. Mas se elas operarem como se espera, mais investimentos devem ser feitos e os Estados Unidos poderiam ser o principal produtor de etanol celulósico em cinco anos”, afirma Babcock. (FB)

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